Parceiros na vida e na arte, Fiona Gordon e Dominique Abel trabalham juntos desde 1980 com teatro físico. No cinema já dirigiram vários curtas e longas como o sucesso ‘Perdidos em Paris’ e agora lançam A ESTRELA CADENTE, que chega aos cinemas brasileiros no dia 16 de maio, com distribuição da Pandora Filmes.

Exibido no Festival de Locarno e ganhador do Prêmio do Júri no Beaujolais Meetings of French-speaking Cinema, o longa tem como protagonista Boris, interpretado pelo próprio Abel, um homem que, no passado, foi um ativista, mas, agora, vive uma vida mais tranquila, como barman num bar underground, onde espera ter deixado o passado para trás.

Porém, um homem (Bruno Romy), vítima de um atentado, o reconhece e busca vingança. Então, Boris e sua mulher Kayoko (Ito) encontram por acaso, um duplo do barman (também interpretado por Abel), e veem nele a chance de salvar a vida de Boris, porém não esperavam que Fiona (Gordon), a ex-mulher de Dom, entrasse em cena para saber o que aconteceu com o marido.

Escrito e dirigido pela dupla de diretores, A ESTRELA CADENTE é uma comédia de poucos diálogos e muitos estranhamentos que lembra o estilo peculiar de Aki Kaurismaki. Mas os diretores têm seu estilo próprio.

Segundo eles, o longa se passa em um mundo de turbulência social: o de hoje. “Cada vez que abrimos a porta podemos ouvir um apelo: um mundo sem consciência está destruindo o mundo.”

Abel e Gordon apontam que seus filmes costumam ser classificados como “burlesco poético”. “Ao cruzar a estrada da comédia física para o filme noir, nós não abandonamos nosso desejo de criar humor. Nós exploramos uma paleta mais ácida. Pessimismo, niilismo e melancolia irrigam A ESTRELA CADENTE, mas nossos personagens são moralmente ineptos e enchem o filme noir com cores vibrantes”.

Em A ESTRELA CADENTE, Abel e Gordon trazem sua sensibilidade cômica para o que poderia ser vagamente descrito como uma história de detetive, contada em um estilo de filme noir pontuado por flashes de cores: um vestido vermelho, um pequeno carro verde, uma scooter amarela brilhante. […] Cada cena é meticulosamente composta e coreografada, proporcionando momentos memoráveis”, escreve Peter Debruge em sua crítica à Variety.

A ESTRELA CADENTE será lançado no Brasil no dia 16 de maio pela Pandora Filmes.

Sinopse

Boris, ex-ativista, vive no subsolo como barman no A Estrela Cadente. Seu passado culpado ressurge quando uma vítima o encontra e quer vingança. O surgimento de um duplo, um sujeito chamado Dom, que vive deprimido e solitário, fornece um plano de fuga perfeito a Boris, sua engenhosa esposa Kayoko e seu fiel amigo Tim. Mas eles não contavam com o surgimento da ex-mulher de Dom, uma detetive desconfiada que vai em busca do paradeiro de Dom.

Ficha Técnica

Direção: Fiona Gordon e Dominique Abel
Roteiro: Fiona Gordon e Dominique Abel
Produção: Fiona Gordon, Dominique Abel, Christie Molia
Elenco: Dominique Abel, Fiona Gordon, Kaori Ito, Philipe Martz, Bruno Romy
Direção de Fotografia: Pascale Marin
Montagem: Julie Brenta
Gênero: policial, comédia
País: França, Bélgica
Ano: 2023
Duração: 98 min.

Sobre a Pandora Filmes

A Pandora é uma distribuidora de filmes independentes que há 35 anos busca ampliar os horizontes da distribuição de longas-metragens no Brasil, revelando cineastas outrora desconhecidos no país, como Krzysztof Kieślowski, Theo Angelopoulos e Wong Kar-Wai, e relançando clássicos memoráveis em cópias restauradas, de diretores como Federico Fellini, Ingmar Bergman e Billy Wilder. Sempre acompanhando as novas tendências do cinema mundial, os lançamentos dos últimos anos incluem “O Apartamento”, de Asghar Farhadi, vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional; “The Square: A Arte da Discórdia”, de Ruben Östlund, vencedor da Palma de Ouro em Cannes; “Parasita”, de Bong Joon Ho, vencedor da Palma de Ouro e do Oscar; o tunisiano “O Homem que Vendeu Sua Pele”, de Kaouther Ben Hania, e “A Felicidade das Pequenas Coisas”, uma grande surpresa do cinema do Butão, ambos indicados ao Oscar de Melhor Filme Internacional; “Apocalypse Now: Final Cut”, a obra-prima de Francis Ford Coppola; “Roda do Destino”, de Ryusuke Hamaguchi, vencedor do Grande Prêmio do Júri no Festival de Berlim; mais os brasileiros “Deserto Particular”, de Aly Muritiba, e “Uma Família Feliz”, de José Eduardo Belmonte, dois grandes sucessos aclamados pela crítica.

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