Acompanhado de metais e passistas, grupo se apresentará na área externa do museu, às 19h. Pela manhã, haverá Vivências em Dança

O Frevo é uma manifestação com o privilégio de ter uma dupla celebração, com duas grandes datas de referência. Além do famoso 9 de fevereiro para os pernambucanos — quando foi citado pela primeira vez na imprensa local, em 1907 —, no dia 14 de setembro se comemora o Dia Nacional do Frevo. Para festejar a data instituída em 2009, o Paço do Frevo terá show gratuito do Quinteto Violado. Com 50 anos de carreira, o grupo fará uma apresentação especial, acompanhado de metais e artistas de dança e  passistas, colocando todo mundo para “frever” na área externa do museu. Será às 19h.

Pela manhã, haverá Vivências em Dança, uma experiência direcionada a todos os públicos. São aulas curtas de Frevo a partir da experimentação de passos básicos que possibilitam ao participante a elaboração e o exercício do improviso, respeitando a diversidade e singularidades de cada corpo. As Vivências serão ministradas pelo passista e professor Henrique Braz, com quatro opções de horários: 10h30, 11h, 11h30 e 12h. O valor é a entrada no museu: R$ 10 e R$ 5 (meia).

Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, o Frevo recebeu esse título do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no dia 9 de fevereiro de 2007, marcando os 100 anos da data do primeiro registro da palavra “Frevo”, encontrada pelo historiador Evandro Rabelo, falecido em 2015. Foi no Jornal Pequeno, do Recife, um dos grandes jornais da época, ao noticiar a programação carnavalesca de várias agremiações. 

Mas não é apenas perto do Carnaval que se evidencia o Frevo. O ritmo, que pulsa e vive o ano todo no Paço do Frevo, tem no 14 de setembro uma segunda efeméride anual, também em referência à imprensa. Dessa vez, por causa do nascimento do jornalista Osvaldo de Almeida, que contribuiu de forma significativa para a circulação do vocábulo “Frevo” na mídia. 

Nesta quarta-feira (14), o palco montado na área externa do museu vai receber o Quinteto Violado. Marcelo Melo (voz e violão), Ciano Alves (flauta), Roberto Medeiros (voz), Dudu Alves (voz e teclado) e Sandro Lins (baixo) estarão em cena com participações de João Alves (bateria), Rubinho Petty (percussão), Waleson Queirós (guitarra) e o naipe de metais com Derivaldo, Geony e Jefferson. Com concepção e direção musical de Dudu Alves, arranjos do próprio grupo e direção e produção geral de Pedro Francisco de Souza, a apresentação será inspirada na concepção do espetáculo que abriu o Carnaval do Recife de 2018 no Marco Zero. Batizada de “Frevo”, contará a história do gênero, com passagens de Frevos de Rua, de Bloco e Canção. 

O Quinteto será acompanhado pelas passistas profissionais Joana Rosa, Marcela Felipe e Maria Flor, todas recifenses, com coreografias próprias e colaboração da coordenadora de Dança do Paço do Frevo, Anne Costa, na direção de movimento. 

QUINTETO VIOLADO – Em outubro, o Quinteto Violado comemora 51 anos de carreira. Surgido em Pernambuco no momento pós-tropicalista (1971), o grupo focou seu trabalho na música regional, valorizando a cultura brasileira através de trabalhos de pesquisa e agregando as experiências pessoais dos seus integrantes. De lá para cá, o Quinteto e sua identidade sonora – construída a partir de contrabaixo, violão, viola, flautas, teclados, percussão e vozes – conquistam cada vez mais admiradores pelo Brasil e pelo mundo com o seu estilo “Free Nordestino”, expressão utilizada por Gilberto Gil ao ser perguntado pela imprensa brasileira sobre o trabalho do, à época, novato Quinteto Violado. 

Caracteriza-se pelos arranjos com a identidade nordestina e a influência da música do mundo: “a música do Quinteto é orgânica, com personalidade local, mas, quando projetada, tem referências que independem de nacionalidade. É um som universal com fortes influências nordestinas e cosmopolitas na sua harmonia”. Algumas poesias ou letras são dos próprios integrantes, mas a maioria é leitura do cancioneiro popular que recebe roupagem nova com arranjos transformadores. As músicas têm um toque de contemporaneidade e improvisos típicos do jazz, passeando do erudito ao mais popular dos estilos. São 56 LPs e CDs lançados, cinco DVDs e três livros, quatro Prêmios da Música Brasileira, três Prêmios da Música Pernambucana, um Prêmio Profissionais da Música e a indicação como Melhor Grupo Brasileiro de Música de Raiz no XV Latin Grammy Awards que contam essa trajetória. 

PAÇO DO FREVO – O Paço do Frevo é reconhecido pelo IPHAN como centro de referência em ações, projetos, transmissão, salvaguarda e valorização de uma das principais tradições culturais do Brasil, o Frevo. Patrimônio imaterial pela UNESCO e pelo IPHAN, o Frevo é um convite à celebração da vida, por meio da ativação de memórias, personalidades e linguagens artísticas, que no Paço do Frevo encontram seu lugar máximo de expressão, na manutenção de ações de difusão, pesquisa e formação de profissionais nas áreas da dança e da música, dos adereços e das agremiações do Frevo.

O Paço do Frevo é uma iniciativa da Fundação Roberto Marinho, com realização da Prefeitura do Recife, por meio da Fundação de Cultura da Cidade do Recife e da Secretaria Municipal de Cultura, e gestão do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG).  Por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, tem o patrocínio master do Instituto Cultural Vale, o papel de mantenedor do Grupo Ultra, patrocínio da Rede e da White Martins. Conta com o apoio do Grupo Globo, Pernambucanas e Chevrolet Serviços Financeiros,  e o apoio cultural do Itaú Cultural e do Porto de Suape.

SERVIÇO

Dia Nacional do Frevo com show do Quinteto Violado
Dia 14 de setembro (quarta-feira), às 19h
Área externa do Paço do Frevo
Acesso gratuito

Vivências em Dança, às 10h30, 11h, 11h30 e 12h Valor: R$ 10 e R$ 5 (meia)


Paço do Frevo – Praça do Arsenal da Marinha, s/n, Bairro do Recife, Recife
Horários: Terça a sexta, 10h às 17h | Sábado e domingo, 11h às 18h
Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia) – entrada gratuita às terças-feiras
*Confira aqui a política de gratuidade e meia-entrada
*Obrigatória a apresentação do comprovante de vacinação contra a Covid-19