O Frevo, expressão cultural muito conhecida no Nordeste e principalmente no estado de Pernambuco, é considerado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. E o Frevo, para além do lado cultural, tem sido considerado uma excelente atividade física para aqueles que buscam uma melhor qualidade de vida. A dança não é só interessante na busca pela saúde física, mas também a mental e ajuda muito na questão da socialização, tão afetada em tempos de pandemia. Vale reforçar que em 2007, o frevo já havia sido declarado como Patrimônio Imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e, amanhã (dia 14 de setembro), é comemorado o Dia Nacional do Frevo.

De acordo com a coordenadora do curso de Educação Física do Centro Universitário UniFBV Wyden, Tatiana Acioli, a prática do Frevo ajuda a melhorar vários aspectos da saúde, mas requer cuidados para iniciantes e praticantes mais experientes. “Esta é uma atividade que exige muita potência e resistência muscular, os passos baixos necessitam de muita força e explosão. Como impacto positivos podemos destacar a melhora nos movimentos corporais, melhora na circulação sanguínea e resistência”, destaca. “Para se jogar no frevo tem que ter cuidado, seja em aula ou bloco de rua, é preciso atenção ao fazer o alongamento para evitar lesões e dores musculares. Sem contar que é importante se hidratar adequadamente e fazer uma alimentação leve 20 minutos antes da atividade”, ressalta a coordenadora. Estudos revelam que trinta minutos de aula de Frevo tendem a registrar uma perda de 300 calorias. 

Com mais de 10 anos de experiência, lecionando na disciplina de Dança, a professora Maira Souza destaca que o Frevo pode ser encarado como outras atividades físicas, como a corrida e o ciclismo, e, que assim como eles, precisa de um treinamento adequado e crescente. “A pessoa deve respeitar os limites do seu corpo, em um processo gradativo de exigência física. Por isso, a necessidade de se buscar uma orientação profissional, principalmente para fazer um planejamento de aulas. incluindo de forma sistematizada uma evolução do aluno sem qualquer tipo de problema físico”, destaca. Maira ainda reforça que as pessoas não devem esperar datas especificas para praticar o Frevo. “Hoje existem boas escolas de dança que possuem o Frevo na sua carga horária e não precisamos esperar o Carnaval para cair no passo”, brinca Maira Souza.