Segundo a especialista Rafaela Maynart, hábito enfraquece a musculatura orofacial, provoca problemas nos dentes e maxilar e interfere na qualidade do sono

Um hábito comum que representa um risco para a saúde bucal: dormir de boca aberta. Segundo a dentista Rafaela Maynart, coordenadora do curso de Odontologia da Faculdade Anhanguera, isso, além de alterar a qualidade do sono, pode enfraquecer os músculos orofaciais e provocar problemas nos dentes e no maxilar.

Rinites alérgicas e síndromes que causam a respiração oral são alguns dos fatores que contribuem para esse quadro em adultos e em crianças. Especialistas indicam que o diagnóstico precoce de sintomas aumenta os resultados de tratamentos. 

Rafaela explica, que a entrada de ar pela boca diminui a produção de saliva durante o repouso e resseca a língua e as mucosas, o que cria o ambiente ideal para a proliferação de bactérias. 

“A presença de microrganismos pode levar à inflamação das gengivas, mau hálito devido à decomposição de partículas de alimentos. A saliva desempenha um papel importante na proteção dos dentes contra cáries, ajudando a neutralizar os ácidos e remover os resíduos alimentares. Portanto, esse ressecamento bucal associado à respiração pela boca pode aumentar o risco de cáries dentárias”, explica a dentista.

Segundo a especialista, em casos graves, a respiração oral por longos períodos pode causar deformação maxilar. A postura incorreta para inspirar e expirar oxigênio, sem a vedação labial, acarreta enfraquecimento dos músculos do lábio superior e tem influência negativa no processo de mastigação e na estética facial. “O problema é ainda mais grave em crianças, que estão em estado de formação, e podem desenvolver alterações orofaciais”, ressalta.

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

Os sinais de que uma pessoa está dormindo com a boca aberta podem ser identificados por sintomas como garganta seca ao acordar ou a recorrência em infecções como amigdalite e faringite. O diagnóstico deve ser feito por um profissional de saúde.

Se a causa da respiração bucal for por o paciente apresentar uma má-oclusão o tratamento é realizado por uma equipe multidisciplinar, formada por um dentista ortodontista, que irá avaliar a necessidade de um aparelho ortodôntico, a fim de corrigir a mordida (oclusão), e por um médico otorrinolaringologista que irá acompanhar o paciente e analisar se tem algum outro fator alérgico associado.

RECOMENDAÇÕES

As visitas ao consultório odontológico devem acontecer, no mínimo, a cada seis meses para acompanhar possíveis irregularidades na saúde bucal. Ao identificar problemas com a respiração nasal, ideal para a qualidade de vida, o paciente pode praticar exercícios de observação para estimular a inalação de ar conscientemente pelo nariz – atividades físicas contribuem para esse hábito.

O ambiente e o posicionamento ao repousar também demandam atenção. Segundo a coordenadora acadêmica da Anhanguera, o espaço dos quartos deve ser limpo constantemente, para diminuir as chances de crises alérgicas.

Por fim, Rafaela enfatiza que, para evitar esses problemas bucais e dentários associados à respiração pela boca durante o sono, é importante procurar tratamento para corrigir a causa subjacente, que pode incluir obstruções nas vias aéreas superiores, como desvio do septo nasal, adenoides aumentadas ou apneia do sono. Além disso, a especialista recomenda manter uma boa higiene bucal, incluindo escovação regular, uso de fio dental e visitas periódicas ao dentista para exames e limpezas profissionais.

Sobre a Anhanguera

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