Palestras sobre o tema voltam a ser ministradas nesta segunda-feira (31), às 19h, no Hospital Esperança
O cirurgião bariátrico Walter França retoma com a sua equipe multidisciplinar, nesta segunda-feira (31 de agosto), às 19h, no 7º andar do anexo 3, do Hospital Esperança, na Ilha do Leite, a Reunião Multidisciplinar da Obesidade. O evento gratuito acontece com novos moldes, seguindo todos os protocolos estabelecidos pelas autoridades de saúde. Na reunião serão abordados a cirurgia bariátrica e os avanços da mesma com a robótica, esclarece dúvidas e engloba também todas as etapas até se chegar a cirurgia. A iniciativa conta com palestras de psicóloga e nutricionista além de depoimentos de pacientes já operados e suas histórias de superação.
A obesidade é um grave problema de saúde mundial. A cada ano cresce o percentual de obesos e esse problema na maioria das vezes é ocasionado pela ocidentalização no modo de se alimentar, a revolução tecnológica que torna tudo automático e o sedentarismo ocasionado pela falta de tempo para se exercitar. Justificativas a parte, o excesso de peso traz consigo várias doenças que comprometem a saúde e a realização de atividades corriqueiras do dia a dia.
Entre os procedimentos mais usados na cirurgia bariátrica estão o Sleeve e a cirurgia robótica. No Sleeve ou Gastrectomia Vertical, o estômago do paciente é grampeado em forma de tubo que vai do esôfago ao duodeno. Assim se reduz o estômago em até 80% do seu tamanho. O novo órgão fica com 150 ml a 250 ml e com forma parecida a um tubo gástrico”. Nessa redução se retira parte do fundo gástrico, região que produz o hormônio grelina, responsável pela sensação de fome. Após a cirurgia, o apetite diminui. Esse procedimento é indicado para paciente com obesidade 3 e mórbida principalmente o que possuem problemas intestinais ou quadro de anemia importante”, enfatiza.
Além de fazer uma explanação geral e esclarecer dúvidas sobre a cirurgia bariátrica, o cirurgião Walter França irá repassar informações sobre o procedimento com uso da robótica, técnica minimamente invasiva e considerada a evolução tecnológica da medicina na cirurgia da obesidade, permitindo um campo 20 vezes maior da área a ser operada e uma recuperação mais rápida ao paciente.
A cirurgia robótica já está presente nos hospitais mais renomados do mundo. O cirurgião bariátrico Walter França, foi um dos primeiros a realizar o procedimento fazendo o uso da robótica no Hospital Esperança, em Pernambuco. Com capacitação num dos mais conceituados centros de referência em Robótica, na Colômbia, o especialista utiliza o robô Da Vinci, que possui quatro “braços”, sendo três utilizados para fazer as incisões, os movimentos e o manuseio dos instrumentos.
O outro “braço” do robô possui uma câmera que reproduz a imagem do local da cirurgia para o médico, que visualiza e executa os movimentos a serem replicados por Da Vinci. A ferramenta oferece visualização em três dimensões (3D) do campo cirúrgico e consegue fazer movimentos de até 360º. A cirurgia bariátrica robótica facilita a intervenção em pacientes com índice de massa corporal (IMC) acima de 50, nos casos de reoperação e nas cirurgias tecnicamente mais difíceis. Além de ampliar as imagens em 20 vezes, outro ponto positivo do procedimento é que o cirurgião permanece sentado, diferente de outras técnicas em que o médico permanece em pé, o que o ajuda a atenuar a fadiga de cirurgias de alta duração. A cirurgia robótica cresce de forma expressiva. A tendência é que essa técnica continue em expansão, com mais equipamentos instalados e médicos sendo habilitados para realizar o procedimento.
De acordo com o cirurgião bariátrico Walter França os quilos a mais não interferem apenas na autoestima dos pacientes mas, colaboram para desencadear várias doenças como problemas cardiovasculares, câncer, depressão, hérnias, diabetes II, dermatites e dislipidemia(alteração do colesterol). Apnéia do sono, incontinência urinária, disfunções hormonais e erétil nos homens, doenças articulares e do refluxo, entre outros problemas, acometem que está bem acima do peso. Hoje já é possível operar um paciente com índice de massa corpórea (IMC) partir de 30, com doenças correlatas e, como qualquer outra cirurgia, a bariátrica tem riscos, mas as doenças relacionadas ao excesso de peso, matam muito mais. “O risco de óbito numa cirurgia bariátrica é de 0,3, já a obesidade mata 10 vezes mais”, relata o profissional.
SERVIÇO:
Reunião Multidisciplinar da Obesidade
Quando: Nesta segunda-feira (31), às 19h
Local: Hospital Esperança Ilha do Leite(7º andar do anexo 3)
Informações: (81) 3423.9796/ 3423. 9272.