Por Érico Almeida

Administrar a área de recursos humanos nunca foi uma tarefa fácil. Afinal, o setor lida diariamente com um alto fluxo de trabalho e demandas, além de ter intrínseca, em suas obrigações, a realização de uma gestão eficiente dos colaboradores e da empresa. Com a chegada de um novo ano, mais desafios virão pela frente, e caberá ao departamento pessoal estar pronto para famoso “o que der e vier”.

Não há como não enfatizar que a pandemia foi um verdadeiro divisor de águas para o RH. Segundo uma pesquisa sobre desafios e tendências do RH para 2023, realizada pela Gartner, as prioridades da área variam entre ações de eficácia dos líderes, gestão de mudanças, experiência do funcionário e contratação – sendo que todos esses direcionamentos foram baseados no atual cenário que estamos inseridos.

Até porque, se antes o setor tinha como principal desafio fazer a gestão dos colaboradores dentro do mesmo ambiente, atualmente, com a flexibilização e novos modelos de trabalho, isso ficou ainda mais complexo. Entretanto, esses obstáculos não param por aí, pois, além da gestão interna, também estão o cumprimento das obrigatoriedades governamentais, entre outros fatores que impactam diretamente no dia a dia da equipe. Desta forma, listo os principais desafios do RH para 2023.

# 1 Adequação sistêmica: o RH está incumbido de administrar efetivamente a gestão de pessoas da empresa, que envolve desde os depósitos para o INSS, até mesmo gerenciar a saúde do funcionário, conforme prevê a medicina do trabalho. É importante salientar que essas ações não ocorrem isoladamente, sendo necessário a empresa adequar os seus sistemas operacionais, visando não deixar nenhum aspecto importante de fora.

# 2 Novas formas de entregas de declaração:  a chegada do FGTS Digital também está entre os desafios para o próximo ano. A ferramenta irá permitir a entrada de bases de cálculo através do e-Social, algo que certamente facilitará a rotina do departamento pessoal. No entanto, caberá às organizações adequarem o seu modelo de recolhimento das informações e corrigir possíveis disparidades, tendo em vista que será algo obrigatório para todos.

# 3 Saúde e Segurança do Trabalho (SST): o SST faz parte do núcleo de responsabilidades do setor de RH, que também passou a ser integrado pelo e-Social. Sendo assim, as empresas precisarão emitir informações, como o mapeamento de risco do funcionário e o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), no mesmo sistema. Assim, as empresas que utilizam programas que fazem a administração desses dados precisarão assegurar que as informações estão sendo transmitidas corretamente para o sistema do governo.

# 4 Adequação dos processos: com a unificação dos processos, torna-se primordial as companhias buscarem se preparar para o próximo ano, e utilizarem esse período de transição para solucionarem erros e obstáculos nos processos – e integrarem na folha de pagamento todos os dados de forma correta, seguindo as novas determinações governamentais.

# 5 Retenção de talentos: fora aspectos técnicos que precisarão ser revistos, prospectar talentos também será um desafio para 2023. Os novos profissionais têm ávido o que buscam ao ingressarem em uma empresa e, quando não satisfeitos, saem em busca de outras oportunidades. Nesse cenário, a organização precisa se adequar para receber os novos talentos, sendo uma boa estratégia para isso, engajar ainda mais as ações do ESG, em prol de proporcionar um ambiente de trabalho promissor para a equipe.

Todos esses pontos remetem à importância do setor de RH ampliar os seus investimentos em gestão e tecnologia. Nesse aspecto, é crucial contar com o apoio de uma ferramenta que concilie tais demandas, bem como possa ser administrada independentemente do local e facilite as ações de comunicação entre as áreas. Além disso, o software deve operar em concordância com os critérios da LGPD, mantendo a segurança das informações ali registradas que serão transmitidas para outros sistemas.

O setor de RH iniciará o ano de 2023 com uma série mudanças e obrigações que precisarão ser ajustadas e integradas à rotina da empresa. Certamente, essa não será uma missão a ser realizada do dia para a noite, mas o seu sucesso dependerá do empenho e, principalmente, de um novo estímulo baseado em: ano novo, gestão nova.

Érico Almeida é sócio-gerente do Grupo Skill, empresa especializada na prestação de serviços para as áreas de contabilidade, tecnologia, gestão de pessoas e financeiro.

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