Conhecida nacionalmente pelo sucesso “Catedral”, Zélia Duncan completa neste 2021 40 anos de carreira, nos quais lançou 14 álbuns e cinco DVDs solo, ganhou vários prêmios, discos de ouro e de platina, participou de trabalhos junto a grandes nomes da música brasileira. Durante a trajetória, sete anos foram ao lado da Warner Music Brasil.
Quando assinou contrato com a companhia de música, em 1994, a cantora mudou o nome artístico de Zélia Cristina para Zélia Duncan e o álbum homônimo foi lançado no mesmo ano. Nesse projeto, canções muito marcantes da carreira da artista ganharam a atenção do público, entre elas: “Lá Vou Eu (Rita Lee)”, “Nos Lençóis Desse Reggae”, “Não Vá Ainda” e “Sentidos”.
O sucesso de “Catedral” não foi intencional. Zélia nem ao menos a incluiu no primeiro disco promocional – conhecido por incluir sempre a “música de trabalho” – que contava com quatro canções. Seis meses após o lançamento, “Catedral” entrou para a trilha sonora da novela “A Próxima Vítima” (Rede Globo), como tema dos personagens Irene e Diego, protagonistas da trama, tornando-se um grande sucesso, o primeiro da carreira da artista.
A canção é uma regravação traduzida do original da cantora Tanita Tikaram, intitulado “Cathedral Song”, do álbum “Ancient Heart”. O reconhecimento pela crítica também não tardou a aparecer. A revista americana “Billboard” incluiu Zélia Duncan na lista dos dez melhores álbuns latinos de 1994 e já no segundo semestre de 1995, Zélia recebeu “Disco de Ouro”, pela venda das primeiras 100 mil cópias.
Já com o estouro de “Catedral” nas rádios em 1995, fez uma série de shows e temporadas levando a música para todo o país, interpretando todas as canções do álbum. Participou da primeira grande festa de aniversário da Rádio JB Fm no antigo Metropolitan (Rio de Janeiro) onde Maria Bethânia apresentava o espetáculo com novas cantoras da época; além de Zélia estavam presentes Cássia Eller e Adriana Calcanhotto. Na época do encerramento da turnê de divulgação do álbum “Zélia Duncan”, em agosto, no Parque do Ibirapuera (São Paulo), o disco já havia atingido a marca de 160 mil cópias vendidas.
Em 1998 foi o ano em que Zélia começou a trabalhar no single sucessor, com “Intimidade” também realizado em parceria com a Warner Music Brasil. O álbum traz onze faixas, sendo oito delas parcerias com Christiaan Oyens: “Verbos Sujeitos”, “Haja”, “Sexo”, “Imorais”, “Toda Vez”, “O Lado Bom”, “Às Vezes Nunca” e “Por Hoje É Só”, além de uma parceria com Lucina: “Depois do Perigo”. “Código de acesso” de Itamar Assumpção abre o disco e “Quase sem Querer” (Negrete – Dado Villa-Lobos – Renato Russo) é cantada por Zélia em versão acústica. O disco foi lançado em outubro e Zélia seguiu em turnê de divulgação com ele do fim de 1998 até 2000.