Uma abordagem da relação dos alimentos com a ancestralidade e como são ofertados aos orixás

“Certo que os Orixás comem o que os homens comem, porém, recebem a seus pés, nos terreiros, comidas onde os modos de preparar, ao lado dos saberes: palavras de encantamentos (), rezas (àdúrà), evocações (oriki) e cantigas (orin) ligadas a estórias sagradas (itan), são elementos essenciais e vitais para a transmissão do axé ”.

Nas religiões de matriz africana, os rituais e a gastronomia estão ligado e andam de mãos dadas.A religião não existe sem a gastronomia. São heranças deixadas pelos negros, que marcaram, de diferentes formas, a origem e a história da culinária brasileira.

Nos terreiros, para a elaboração do prato, não existe uma receita formulada, mas os saberes que são repassados de geração em geração é que, são as medidas dos ingredientes que dão os sabores aos pratos. E de forma ritualística, com preparos especiais, com cantigas e orações, as comidas são preparadas e servidas aos orixás.

Neste contexto cultural, estudando e analisando esses rituais, nasceu o projeto Saberes e Sabores do Sagrado, que por meio de uma websérie, faz esse resgate da culinária de Terreiro em sua essência. Desde o cuidado na escolha dos ingredientes até o ponto certo de cozimento, o cheiro, o sabor, a cor, tudo sacramentado com os fundamentos dos Orixás, ou seja, toda a magia necessária até chegar ao sabor característico para cada orixá.  Abordando a relação dos alimentos com a ancestralidade e como são ofertados aos orixás.

Essa preservação da história e os costumes da ancestralidade africana e a forma de resguardar o patrimônio imaterial, é feito pelo BabalorixáWellington de Yemanjá que idealizou o projeto e irá mostrar na websérie “Saberes e Sabores do Sagrado” , dividida em quatro episódios e que estreia no dia 26 de março, às 20h. 

A Websérie dirigida pela jornalista Ana Paula Viana, apresentada pelo babalorixá Wellington de Yemanjáe produzida em parceria com a Angola Filmes, recebeu incentivo da Lei Aldir Blanc do Governo do Estado de Pernambuco e foi gravada em locais destinadas a cada orixá, como por exemplo, cachoeira e na praia. 

Direção: Ana Paula Viana (@anapnviana)
Câmera: Adriano Lima @angolafilmes e @adrianoangolalima
Apresentação : Babalorixá Wellington de Yemanjá
Design e Mídia Social: Ana Paula Viana e @arraial.bomjesus
Coreografia: Taciana Melo
Participação: Izaias Francisco, Taciana Melo e Mateus Oliveira 

SERVIÇO: 
Saberes e Sabores do Sagrado 
Dia: 26 de março de 2022, às 20h
Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCFfxKxjQ5QTRgVOihgD36YQ