O rapper alagoano Vitor Pirralho lançou nesta quinta-feira (15) seu novo single, “Evey“. A faixa, que é a primeira love song da carreira do artista, conta a história de Evey e Brad, um casal apaixonado e cheio de questões comuns a muitas relações. A música foi feita em parceria com Erick Amorim – produtor, músico e beatmaker de Recife -, responsável por criar a doce base melódica da canção, e já está disponível em todas as plataformas digitais – ouça aqui.
“O enredo da música é verídico de muitos casais, acredito que muitos se identificarão. A minha motivação maior, independente de eu ter vivido aquela história, foi me permitir compor nesse universo que eu nunca tinha explorado“, conta Vitor.
Para tornar ainda mais marcante a trajetória do casal, o single chega com um clipe rodado no belíssimo Teatro Deodoro, em Maceió, tendo Vitor como figura central – assista aqui. “Decidi fazer uma homenagem ao meu grande ídolo Michael Jackson e fiz uma releitura de um clipe dele, de forma tal que estabelecesse um elo entre o artístico e a vida real“, explica o artista. A produção audiovisual, que tem direção e edição de Ruy Guimarães, conta ainda com a participação da atriz Suele Pinheiro no papel de Evey.
O single está na trilha de lançamentos recentes de Vitor Pirralho, que vem desde agosto apresentando criações inéditas com temáticas diversas e explorando novos assuntos em suas composições. Os cinematográficos ” Vida Game Em Cena” e ” Vida Game Em Cena – Take 2″, por exemplo, colocaram grandes filmes em forma de rima.
“Como compositor, gosto desses desafios, sou apreciador da versatilidade. Por isso me amarro quando sou convidado para feats, pois é sempre uma tarefa interessante mergulhar no universo do outro. É como disse Leminski: ‘o outro / que há em mim / é você’“, resume o rapper.
“Evey” é um lançamento da Matogrosso Produções, com distribuição da gravadora Som Livre.
“Evey” – Vitor Pirralho
Lançamento Som Livre – 15 de outubro/2020
Letra
(Vitor Pirralho)
Era uma vez, um casal em crise
O nome dele, Brad; o nome dela, Evey
Disputar tornou-se sua expertise
Mais do mesmo, mais briga, reprise
A crise se instalou, infelizmente virou tônica
Muito ciúme, divergências demais
Ela cantava Eduardo e Mônica
E ele, Fórmula mágica da paz
Mas eles não são Eduardo e Mônica
Tampouco têm a fórmula mágica da paz
Um casal que explode feito bomba atômica
E hoje, que pena, não se suporta mais
A diferença de idade: uma geração
Mas esse argumento não passava de cinza
Evey não se importava com isso, não
Brad é que agia tal qual um ranzinza
Talvez o zodíaco seja o responsável
Por tamanha instabilidade bipolar
Saudade dela, indecisão horrível
E aquela vontade de gritar:
EU AINDA ESTOU AQUI
PERDIDO EM MIL VERSÕES IRREAIS DE MIM
TENTA NÃO SE ACOSTUMAR, EU VOLTO JÁ
ME ESPERA? DIZ QUE SIM
Como Charles Darwin nas Ilhas Galápagos
A fé foi confrontada pela ciência
Mais uma antítese e nada comprovado
Perderam coesão, perderam coerência
Toalhas molhadas, cachos e perfumes
Motivos de briga, cada um com os seus
Ele ateu, o ceticismo no cume, mas
Ao ver Evey nua, Brad acreditou em Deus
Momento de paz na perfeição do encaixe
Concordância era rara, quase não tinha
A sequência de brigas já virara praxe
Pra fazer as pazes e dormir de conchinha
Temperatura alta na trégua ou no fight
Por isso Brad a chamava Evey Fahrenheit
Ela o chamou Brad brother, que insight!
Muita intensidade, nunca era light
Apenas hiato, nunca mais crase
Assim o relacionamento se tornou
Saudade de resolver tudo numa frase:
“Parou! Quero fazer amor”
EU AINDA ESTOU AQUI
PERDIDO EM MIL VERSÕES IRREAIS DE MIM
TENTA NÃO SE ACOSTUMAR, EU VOLTO JÁ
ME ESPERA? DIZ QUE SIM
O enredo vai chegando a seu desfecho
9 de novembro caiu o muro de Berlim
Mas o réveillon sempre é o melhor trecho
Para o recomeço, também para o fim
Evey disse a Brad, e estava convencida:
– Amor da minha vida, não pra minha vida
Se a cicatriz é difícil de esquecer
Imagina quando fica aberta a ferida
Um conto de fadas de amor e fúria
Qual a possibilidade de um final feliz?
Sem dinheiro, apenas viver de luxúria
Nem seria necessário tanto quiz
Brad se despede e pede mind the gap
Não se separa MPB de RAP
E antes que o processem e tudo desande
Evey tá ligada, esse refrão é da Sandy
EU AINDA ESTOU AQUI
PERDIDO EM MIL VERSÕES IRREAIS DE MIM
TENTA NÃO SE ACOSTUMAR, EU VOLTO JÁ
ME ESPERA? DIZ QUE SIM
Quem sabe eu não deito o oito pra nós?!
Quem sabe cê não deita o oito pra nós?!
Enquanto estivermos vivos / O oito deitado é possível
Enquanto estivermos mal / Tenta me reconhecer no temporal
Ficha técnica – Single
Letra: Vitor Pirralho
Voz: Vitor Pirralho
Guitarras, Baixo, Synths, Teclados e Programação: Erick Amorim
Gravado em Maceió e Recife nos home studios de Ruy Guimarães e Erick Amorim, respectivamente
Masterização: Erick Amorim
Mixagem: Erick Amorim
Capa: Aryana de Mesquita
Foto: Ruy Guimarães
Produção Musical: Erick Amorim
Arranjos: Erick Amorim
Ficha técnica – Videoclipe
Direção: Ruy Guimarães
Argumento: Vitor Pirralho
Câmera: Ruy Guimarães
Edição, montagem e finalização: Ruy Guimarães
Atriz: Suele Pinheiro
Maquiagem: Danúbia Barbosa
Figurino: Luc Dias
Iluminação: Aldo Gomes
Assistente de iluminação: Laércio Leão
Sobre Vitor Pirralho
Vitor Lucas Dias Barbosa é o homem por trás do ativismo poético de Vitor Pirralho. Professor de literatura brasileira e língua portuguesa, Vitor tem no Manifesto Antropófago, de Oswald de Andrade, a fonte mestra de seu trabalho. Com três discos lançados; “Devoração Crítica do Legado Universal”, “Pau-Brasil” e “A Invenção é a Mãe das Necessidades”, o poeta/rapper versa em suas obras sobre o movimento antropofágico, literatura brasileira, a presença indígena, o negro, o colonialismo e a formação do Brasil.
Links para o artista
YouTube: http://www.youtube.com/vitorpirralho
Spotify: http://open.spotify.com/artist/3qzTGyJwacFPYMa0jZYaU9
Instagram: http://www.instagram.com/vitorpirralho
Facebook: http://www.facebook.com/VitorPirralhoOficial/
Sobre a Som Livre
Sempre em busca de novos talentos e de portas abertas para diferentes vertentes musicais, há mais de 50 anos a Som Livre é responsável por apostar e lançar diversos nomes de sucesso no mercado. Hoje a Som Livre é muito mais do que uma gravadora, é a maior empresa nacional produtora de conteúdo e marketing musical.
Seja qual for a plataforma de lançamento, a Som Livre se faz presente como a trilha sonora de momentos especiais, refletindo assim as preferências e hábitos do público brasileiro. Durante sua história, a Som Livre lançou nomes importantes da música no país, como Djavan, Barão Vermelho, Cazuza e atualmente possui os maiores nomes da música nacional. Na linha de shows, a empresa é detentora de grandes festivais e eventos, como Festeja, Samba Demais, Destino Música e Arena Pop, além de assinar projetos para outras marcas, como o Glacial Fest, da Heineken.
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