Por meio dos chamados biomarcadores é possível não só realizar um rastreio precoce, mas também aumentar a perspectiva de pacientes com câncer em estágio mais avançado

Dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) apontam que 20% dos casos de câncer de próstata são diagnosticados já em estágio avançado. Esse cenário colabora para algumas das 16.055 mortes em decorrência da doença, que aconteceram no Brasil, em 2022. Somente em Pernambuco, são esperados 2.930 casos neste ano. Mas, com o avanço da medicina de precisão, as perspectivas para os pacientes têm sido cada vez mais animadoras, mesmo para aqueles que descobrem a neoplasia tardiamente. 

“A medicina de precisão é a capacidade de agregar informações genéticas aos achados clínico-patológicos e, com isso, é possível identificar de forma mais individual qual o tipo de câncer de próstata acomete aquele paciente, assim, podemos investir em tratamentos mais assertivos e eficazes”, explica Renan Éboli, Uro-Oncologista da Multihemo Oncoclínicas, que faz parte do Grupo Oncoclínicas. O especialista acrescenta que esse tipo da doença possui apresentação heterogênea, e que encontrar mutações genéticas permitiu o melhor entendimento da evolução do câncer de próstata, sobretudo os mais agressivos.

Órgãos internacionais, como o National Comprehensive Cancer NetWork (NCCN), já defendem a investigação de mutações nos genes de reparo do DNA em todos os pacientes diagnosticados com metástase e naqueles com história familiar significativa. O teste avalia os diversos tipos, dos quais destacam-se o BRCA1, BRCA2 e ATM, que são os que mais apresentam mutações em casos de câncer de próstata agressivo.

Renan explica que existem dois tipos de testes genéticos. O primeiro deles é o Teste Somático ou do tecido tumoral, que busca estudar alterações presentes na amostra do tumor ou de suas metástases. Essa amostra pode ser coletada durante biópsia por punção, cirurgia ou até mesmo no sangue a partir de fragmentos de DNA tumoral circulantes (biópsia líquida). O segundo tipo é o Teste Germinativo, que pode ser realizado por meio de uma porção de sangue ou saliva e é indicado principalmente para aconselhamento familiar, ou seja, para predizer a probabilidade do surgimento de tumores em filhos e netos.

Devido a utilização desses testes, que reconhecem as alterações, recentemente foram lançadas medicações por via oral que dificultam que as células que sofreram mutações nos genes de reparo sobrevivam. Esta ação permite uma diminuição da chance de progressão e consequente morte pelo câncer.

“Recentes estudos apontam que com a utilização destas novas medicações, associadas aos agentes hormonais, houve uma redução de 34% na progressão das metástases e redução de 20% na chance de morte no cenário mais avançado da doença. Além disso, por meio desses testes, é possível adotar medidas preventivas já que contribuem para uma detecção precoce da condição em familiares de pacientes com histórico dessa neoplasia”, explica Renan.

De olho no câncer de próstata 

No Brasil, o câncer de próstata é o mais comum entre os homens (exceto os tumores de pele não melanoma) e cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. Em sua fase inicial, não provoca sintomas, mas, em estágio avançado, os indivíduos podem apresentar micção frequente, fluxo urinário fraco ou interrompido, sangue na urina e dores nos ossos. 

O diagnóstico é feito a partir da biópsia da próstata, em casos nos quais o homem apresenta elevação do antígeno prostático específico (PSA) presente no sangue ou em caso de identificação de alteração no exame do toque.

Sobre a Oncoclínicas&Co

A Oncoclínicas – maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina – tem um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização, por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.700 médicos especialistas com ênfase em oncologia. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico no país, oferece um sistema completo de atuação composto por clínicas ambulatoriais integradas a cancer centers de alta complexidade. Atualmente possui 135 unidades em 36 cidades brasileiras, permitindo acesso ao tratamento oncológico em todas as regiões que atua, com padrão de qualidade dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.

Com tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas traz resultados efetivos e acesso ao tratamento oncológico, realizando aproximadamente 600 mil tratamentos nos últimos 12 meses. É parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard, um dos mais reconhecidos centros de pesquisa e tratamento de câncer no mundo. Possui a Boston Lighthouse Innovation, empresa especializada em bioinformática, sediada em Cambridge, Estados Unidos, e participação societária na MedSir, empresa espanhola dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer. A companhia também desenvolve projetos em colaboração com o Weizmann Institute of Science, em Israel, uma das mais prestigiadas instituições multidisciplinares de ciência e de pesquisa do mundo, tendo Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas, como membro de seu board internacional.

Para mais informações, acesse http://www.grupooncoclinicas.com