Nos próximos dias de março, os 27 conselheiros do Conselho Federal de Medicina (CFM) vão iniciar os debates sobre uma regulamentação definitiva para os atendimentos médicos remotos. Até lá, segue em vigor a Lei 13.989/20, que permite o uso de telemedicina no Brasil, pelo menos enquanto durar a crise provocada pela pandemia. 

A chegada do coronavírus trouxe uma série de questões e necessidades à tona,como mudanças e adaptações que precisaram ser feitas em caráter de urgência para suprir as necessidades que o momento exige. 

De acordo com o médico Sérgio Paulo, que é dermatologista da clínica Prontopele, professor de medicina da UPE e um dos um praticantes da telemedicina, a tecnologia para a área da saúde, por exemplo, foi um dos pontos que se mostraram cruciais. “O atendimento remoto gera uma grande economia de tempo e de dinheiro para o paciente, além de tratamento mais precoce. A dermatologia, por exemplo, tem um significado componente visual, o que a torna uma das especialidades mais beneficiadas na telemedicina, com o potencial de aumentar o acesso aos cuidados dermatológicos de alta qualidade mantendo a eficácia e a relação custo-benefício desde que sejam oferecidas imagens de boa qualidade”, explica.

Para Dr. Sérgio, a evolução dos celulares com câmeras de qualidade facilita bastante o acompanhamento de algumas doenças. “Existem dois modelos de atendimento na telemedicina. O primeiro é a modalidade de armazenamento e envio de imagens, que é realizado com fotografias do paciente de longa, média e curta distância. A coincidência entre o diagnóstico presencial e à distância pode chegar até 90%. As imagens ficam armazenadas em um banco de dados. A segunda forma de atendimento é através da teleconferência envolvendo diretamente o dermatologista e o paciente, ou também participando o médico consultor (médico da Atenção Primária), com horário combinado entre as partes, através do celular do paciente e dos médicos. Essa modalidade oferece maior interação entre o dermatologista e o paciente, de forma simultânea, para o melhor esclarecimento do diagnóstico”, enfatiza o médico.

Ainda de acordo com Dr. Sérgio, a teledermatologia pode ser fundamental no acompanhamento das doenças crônicas da pele, como psoríase e úlcera de perna, uma vez tendo sido realizado a consulta inicial, presencial. É especialmente indicada para os idosos, que geralmente têm dificuldade de locomoção, aos internados em hospitais, residentes em abrigos e presidiários.


FUTURO DA TELEMEDICINA

Por hora, o uso da telemedicina ainda é uma exceção aberta por conta da covid-19. Apesar das vantagens constatadas, não há uma regulamentação específica — no Brasil é permitida apenas para discussão de casos clínicos entre profissionais da saúde.

O fato é que a medicina do futuro já está exigindo dos profissionais atualizações constantes e domínio de novas tecnologias. O modelo ainda é bem recente no país e há muito para avançar, principalmente em relação à democratização do acesso à saúde e aos recursos.

PRONTOPELE

São duas unidades da Prontopele no Recife.

Derby: Rua Luiz Barbalho, 279, Derby

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Tel: 9. 9998-9025 ou 3222.2392