O Gravatá Jazz Festival encerra sua quarta edição batendo recorde de público. Este ano, mais de 50 mil pessoas de várias partes do Brasil passaram pelas ruas de Gravatá, no agreste pernambucano, para conferir as atrações musicais. Foram quatro dias de shows gratuitos na praça principal da cidade, com uma segurança e infraestrutura que só reforçam a fama que o evento vem recebendo nacionalmente: durante o Carnaval, um dos períodos mais agitados do ano, o festival se torna um verdadeiro oásis para quem deseja curtir os dias carnavalescos longe da folia, porém com muita música de qualidade. Na programação, ritmos como jazz tradicional, jazz fusion, blues, música brasileira, bossa nova… Diversidade não faltou!
“O evento superou todas as expectativas, do primeiro ao último dia. O que movimenta cultura, turismo e economia da cidade”, comemora o prefeito Joaquim Neto, realizador do evento. De acordo com os organizadores, Jackson Rocha Jr, da Promundo, e Giovanni Papaleo, curador do evento, esta já pode ser considerada a melhor edição da história GJF.
Jackson destaca como ponto forte a programação eclética da edição, que trouxe ícones do jazz mundial para a programação, como Flora Purim e Airto Moreira, mas também ídolos do público mais jovem, como Andrea Kisser, integrante da banda de rock Sepultura, que participou do GJF, pela primeira vez, com um contagiante show de blues. “Essa troca entre diferentes gerações musicais, a mistura de estilos, tudo isso contribuiu para tornar o evento mais atrativo para um número maior de pessoas. O que só engrandece o festival. Nosso grande desafio é continuar superando as expectativas nas próximas edições, surpreendendo o público e trazendo para a programação grandes nomes, do Brasil e do exterior”, afirma Jackson, destacando ainda a pontualidade na execução da grade de shows e a segurança presente em todo o evento.
Com quatro dias de festa, o evento encerrou a edição na terça-feira (5), com uma apresentação inesquecível da cantora norte-americana Terrie Odabi, que esteve pela primeira vez no Brasil. A diva do blues e do soul de São Francisco, considerada pela crítica especializada dos Estados Unidos como a sucessora de Etta James, arrepiou o público ao lado da banda Alabama Johnny.
Outro ponto alto do GJF foi a homenagem que o prefeito de Gravatá, Joaquim Neto, e a primeira-dama da cidade fizeram ao casal de músicos Flora Purim e Airto Moreira, ao levar uma banda de forró ao palco para tocar caxixi, um instrumento idiofone do tipo chocalho, de origem africana. A Uptown Blues Band esteve presente na homenagem. O grupo, aliás, ainda participou de outro momento especial desta edição, é que o gaitista da banda, o músico João Vilela, diretamente de Maceió, surpreendeu a namorada ao fazer um pedido de casamento (aceito) no palco do festival.
Economia – Com 50 mil pessoas circulando por Gravatá durante os quatro dias de evento, a economia da cidade sentiu os reflexos positivos da movimentação. A rede hoteleira, por exemplo, alcançou 97% da sua capacidade máxima de lotação. Os restaurantes também aumentaram o faturamento, com destaque para o Barito Fondue e o La Fondue Unique, casas parceiras do festival que promoveram, diariamente, antes e após os shows oficiais na Arena do Jazz, jam sessions com os artistas participantes do GJF. Pelos restaurantes passaram artistas locais, nacionais e internacionais, com canjas musicais baseadas no improviso e na troca de experiências.