O aumento deve ser de até 14,1% em 2021 sobre 2020; Arrecadação foi de R$ 303,4 bilhões e crescimento de 12,6% em 12 meses móveis até outubro de 2021, em relação a igual período de 2020
Segundo dados apresentados pela Confederação Nacional das Seguradoras – CNseg, sem considerar dados dos seguros saúde e DPVAT, o setor segurador deve fechar 2021 com aumento de 14,1% sobre 2020 – em cenário otimista – e com crescimento de 9,4% em cenário pessimista.
O presidente da CNseg, Marcio Coriolano, destaca os resultados do primeiro mês do quarto trimestre. “Os dados mais recentes, de outubro, sem considerar Saúde Suplementar e DPVAT, apontam arrecadação de R$ 303,4 bilhões, representando crescimento de 12,6% na variação em 12 meses móveis até outubro de 2021, sobre 2020”, afirma.
Entre os produtos que mais se destacaram, estão:
• Danos e Responsabilidades – alta de 13,3% na comparação dos 12 meses móveis até outubro de 2021, em relação a igual período de 2020;
• Cobertura de Pessoas / Planos de Risco – evolução de 12,9% na comparação dos 12 meses móveis até outubro de 2021, em comparação com o mesmo período de 2020;
• Cobertura de Pessoas / Planos de Acumulação – crescimento de 14% na comparação dos 12 meses móveis até outubro de 2021, sobre idêntico período de 2020;
• Capitalização – incremento de 3,5% na comparação dos 12 meses móveis até outubro de 2021, em relação à igual período de 2020;
• Saúde Suplementar – alta de 7,1% nos quatro trimestres móveis findos no 3° trimestre.
O presidente da CNseg ressalta a reação forte do setor neste ano. Segundo ele, o setor “é muito sensível aos atributos da produção, emprego e renda”, afirmando que é essencial um cenário macroeconômico de queda da inflação e redução da taxa de juros, que traga fôlego e renda para os consumidores.
“O crescimento real até outubro é o maior desde a década de 2010, com crescimento de 5% em termos reais. O desempenho histórico do setor de seguros tem sido consistentemente acima do PIB”, completa.
Atualmente, o setor segurador apresenta arrecadação anual que corresponde a aproximadamente 6,7% do PIB, gera mais de 175 mil empregos diretos e faz a gestão de investimentos equivalentes a cerca de R$ 1,3 trilhão, quase um quarto da dívida pública brasileira, o que o coloca entre os maiores investidores institucionais do país.
Otimismo para 2022
Para o presidente do Sindicato das Seguradoras Norte e Nordeste (Sindsegnne), Ronaldo Dalcin, o setor precisa estar atento às oscilações econômicas no ano que está por vir, principalmente quanto a uma possível quarta onda da Covid-19. “Além disso, 2022 será um ano eleitoral, então tudo isso deve ser colocado na balança, obviamente. Contudo, a indústria de seguros tem entre seus propósitos o otimismo”, completa.
Segundo o executivo, a indústria de seguros é essencial na gestão do bem-estar social e econômico desse país. “Sob a luz da oportunidade, a sociedade tem evoluído bastante nos conceitos de planejamento financeiro e, nessa linha, a necessidade de proteção que se acelerou nesse período me fazem crer que ainda teremos muitas conquistas pela frente. Com engajamento, união e perseverança de todos os agentes de nosso ecossistema, vamos potencializar os resultados desse segmento”, finaliza.