No mês dedicado à conscientização sobre prevenção ao suicídio e valorização da vida, o psicólogo Rodrigo Nery destaca a importância de cuidar da saúde mental das crianças e adolescentes. O Setembro Amarelo não se limita a alertar sobre o suicídio, mas também chama a atenção para questões como a automutilação, um problema crescente entre os jovens.

“A automutilação, também conhecida como autolesão, envolve causar dano a si mesmo como uma forma de aliviar a dor emocional e a angústia momentaneamente. Muitos adolescentes enfrentam dificuldades em expressar seus sentimentos e podem tentar esconder seus problemas, levando ao isolamento”, enfatizou o diretor do Grupo Ampliar.

Sinais de alerta incluem intensa ansiedade, tristeza, irritação, agressividade inexplicada, apatia, isolamento social e perda de interesse em atividades antes apreciadas. “Frases como “preferia estar morto” ou “sou um peso para os outros” também são preocupantes”, alerta.
No entanto, o diálogo direto com o adolescente é fundamental para identificar o sofrimento emocional. “As famílias devem estar atentas a mudanças de comportamento e não hesitar em buscar ajuda médica e psicológica quando necessário”, disse o especialista.

Segundo Nery, é crucial encorajar estratégias de enfrentamento saudáveis, como exercícios físicos, técnicas de relaxamento, leitura e fortalecimento de laços afetivos.

“Se alguém apresentar sinais de ideação suicida, é essencial buscar ajuda especializada, seja em uma unidade de saúde ou por meio do Centro de Valorização da Vida (CVV) pelo número 188 ou www.cvv.org.br”, completou, Rodrigo Nery.