A campanha do Setembro Amarelo foi criada em 2015 pelo Centro de Valorização da Vida (CVV) com o objetivo de realizar ações e debates sobre a prevenção ao suicídio. Com base em pesquisas publicadas em 2018 pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 800 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos, sendo a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. “Os dados são um alerta importante para todos nós ficarmos atentos aos nossos familiares e amigos. Além do apoio dentro de casa, o indivíduo deve ter apoio psicológico e psiquiátrico para conseguir enfrentar todos os sentimentos e pensamentos negativos que o (a) aflige e distância do mundo”, destaca o neuropsicólogo e coordenador do setor de psicologia do Sistema Hapvida em Pernambuco, Carol Costa Júnior.
Os motivos que levam os indivíduos ao suicídio podem variar, desde depressão, doenças psíquicas e dependência química até grandes problemas familiares e financeiros, por exemplo. “Algumas pessoas vêem o ato de pôr fim a vida como a solução para acabar com a dor ou sofrimento que sente, muitas vezes agindo por impulso. Por isso destacamos sempre a importância de ter uma rede de apoio próxima para demonstrar amor, afeto e compartilhar os sentimentos, visando ajudar no combate da difícil situação que está enfrentando”, ressalta o neuropsicólogo.
Durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e a necessidade do cumprimento do isolamento social por parte da sociedade, surgiu também a preocupação, de especialistas, relacionada ao aumento da solidão, que dá margem para outros sentimentos negativos. “A obrigatoriedade do isolamento pode fazer com que muitas pessoas se sintam sozinhas, especialmente aquelas que moram só. Com a tecnologia dos smartphones, celulares e tablets, somada as redes sociais, essa distância está sendo um pouco reduzida pelas grandes possibilidades de conversar virtualmente. E é preciso que o círculo familiar tenha atenção aos sinais demonstrados pelo outro, como não querer conversar, brincar, cozinhar, comer, entre outras questões que fazem parte da rotina diária”, aponta.
“Ao perceber sinais não só em você mas também no outro, se aproxime, mostre a essa pessoa que ele (a) não está sozinho (a), que tem alguém com quem contar. A aproximação e o simples toque podem fazer maravilhas”, pontua.
O tema suicídio ainda é visto como tabu em vários países, inclusive no Brasil. É preciso abertura do diálogo nos espaços públicos para informar, apoiar e abraçar a causa, ajudando todos em volta. “O indivíduo precisa saber que pode conversar sobre o assunto com parentes e amigos para que assim exponha o que sente e consiga ter apoio para seguir adiante”, finaliza Carol Costa Júnior.
No Brasil, o CVV promove ações de apoio emocional, prevenção ao suicídio, além de atendimento voluntário e gratuito para todos aqueles que querem conversar (com sigilo) por telefone. Se preferir, você também pode buscar ajuda através do chat do site (https://www.cvv.org.br/), por e-mail ou em um posto de atendimento presencial (checar no site as sedes disponíveis).
Ligue 188 e peça ajuda. Você não está sozinho (a)!
Sobre o Sistema Hapvida
Com cerca de 6,4 milhões de clientes, o Sistema Hapvida hoje se posiciona como o maior sistema de saúde suplementar do Brasil presente em todas as regiões do país, gerando emprego e renda para a sociedade. Fazem parte do Sistema as operadoras do Grupo São Francisco e RN Saúde, além da operadora Hapvida. Atua com mais de 30 mil colaboradores diretos envolvidos na operação, mais de 15 mil médicos e mais de 15 mil dentistas. Os números superlativos mostram o sucesso de uma estratégia baseada na gestão direta da operação e nos constantes investimentos: atualmente são 40 hospitais, 184 clínicas médicas, 41 prontos atendimentos, 174 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial.