É interessante pensar que “Caburé” foi a primeira música composta pelo Scalene durante a quarentena. Sem dúvida, o momento de pandemia acertou em cheio no processo criativo da banda, tornando os questionamentos (sempre eles) ainda mais latentes. Parte do EP Folêgo, lançado em junho, a música tira a lupa do microcosmo de cada um para buscar uma reflexão macro do que somos (ou podemos ser). Agora, a faixa ganha um videoclipe, que sai pelo slap, selo da Som Livre, criado por meio de imagens de arquivo, lembranças da infância dos integrantes e também cenas que serão recordadas no futuro – confira aqui.

“A música e o clipe têm uma ambientação familiar e aconchegante, mas não deixa de fazer uma reflexão sobre as nossas ações, no sentido do nosso ‘esforço’ e das nossas escolhas terem algum significado no final (se é que ele existe)”, comenta Tomás Bertoni, que aparece em cena ainda pequeno e também na sua versão mais recente: pai. O seu filho, Benjamin, nasceu em junho deste ano. “Eu sei que há mais, há de haver mais”, diz o refrão de “Caburé”. 

“Essa música tem uma sensação de quintal de casa. E foi o local onde ela realmente foi feita”, relembra Gustavo Bertoni. “Quando ela surgiu, eu estava pensando nas coisas de longo prazo, nas que têm, de fato, valor”, completa. 

EP Fôlego chegou às plataformas de streaming como uma extensão disco Respiro(2019). Além de “Caburé”, completam o trabalho: “Passageiro”, “Caleidoscópio”, “Espelho” e “Estar a Ver o Mar”. Ouça Fôlego aqui.

“Caburé” – Scalene Lançamento slap/Som Livre – 18 de agosto/2020

Sobre o slap
O slap faz parte da vida de quem busca novas experiências musicais e orgulha-se de, desde 2007, fomentar a cena indie e abrir as portas do mercado para novos artistas. Sua missão é potencializar e empoderar a cena musical independente do país, incentivando o midstream e fazendo com que novos sons, originais e arrojados, cheguem a cada vez mais pessoas. O slap carrega em sua história grandes lançamentos de nomes como Maria Gadú e Silva. Seus representantes têm todos a autenticidade como característica, e entre eles estão Ana Vilela, Céu, Luthuly, Marcelo Jeneci, Maria Gadú, Scalene e Silva. 

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