A recém-anunciada vacina contra a covid-19 representa o passaporte de que os turistas brasileiros precisavam para embarcar para o destino internacional dos sonhos. Até o momento as viagens internacionais estão limitadas a países pouco explorados e a ameaça do contágio ainda desencoraja muitos.

O anúncio da vacina mudou esse cenário e muita gente está de olho nas oportunidades, porém, é preciso lembrar que, mesmo com a imunização e a consequente liberação de voos para mais destinos, as medidas de segurança sanitária seguirão sendo importantes.

Além disso, viajar continua exigindo planejamento prévio que vai muito além de saber qual a cotação do dólar hoje, ainda que a ansiedade esteja falando mais alto neste momento. É importante ficar atento para não cometer erros que podem comprometer a experiência da viagem.

Não conhecer o próprio orçamento

Este é um dos principais erros de quem opta por viajar de forma impulsiva, sem um planejamento rigoroso. Ao deixar de se programar financeiramente, o viajante poderá se envolver em dívidas intermináveis e transformar o sonho em pesadelo.

Para evitar, é preciso elaborar uma planilha de gastos que pode ser feita no Excel, em algum aplicativo específico para esse fim ou mesmo em um caderno. Esse documento deve ser bem completo e conter despesas fixas, gastos no cartão de crédito, gastos extras, valores recebidos. Tudo o que entra e sai das contas bancárias do turista deve ser contemplado.

Dessa forma será possível ter uma visão exata da vida financeira e, assim, determinar o valor disponível para arcar com os custos da viagem. Lembrando que o montante não deve sair da reserva de emergência, já que esse dinheiro tem uma função específica de cobrir gastos emergenciais e viagens a passeio não estão incluídas nas emergências.

Não pesquisar o destino

O orçamento disponível para a viagem é o primeiro e mais importante passo para um passeio tranquilo. Ele irá balizar todo o roteiro, porém, as contas não param por aí. É preciso avaliar bem o destino pretendido. Só sonhar não basta. Um levantamento dos custos de viagem evita dívidas desnecessárias e muita dor de cabeça.

Uma vez que o destino está escolhido, é preciso saber quanto será preciso investir em passaporte, visto, passagens, tarifas, gastos com agências de viagens, transporte, hospedagem, alimentação, medicamentos, seguro saúde, despesas pessoais e até passeios, gorjetas e presentes.

Sair do país sem a mínima noção do quanto será gasto é garantia de passar aperto. Nem sempre o destino dos sonhos cabe no orçamento. Se a ideia é visitar os Estados Unidos gastando pouco, por exemplo, os meses de junho a agosto, de alta temporada, não são as melhores opções.

É importante ainda checar quais os documentos necessários para entrar no país pretendido. Alguns exigem passaporte, outros abrem a entrada só com o RG e há ainda os que exigem vacinas específicas, seguro viagem e visto.

Deixar reservas para última hora

É bem comum que a pessoa decida destino, passaporte, visto e todas as questões burocráticas, mas deixe as reservas para a última hora. Essa é a pior estratégia. Em qualquer planejamento de viagem – para dentro ou fora do país – antecedência é a palavra de ordem.

Depois de quase um ano sem colocar o pé no aeroporto, a ansiedade por esse momento pode levar a esse comportamento imprudente. O resultado pode ser não encontrar vagas no hotel que deseja e a dificuldade de conseguir bons descontos nas parcelas da viagem.

A antecedência também permite que o viajante possa fazer a troca das moedas em um momento mais vantajoso, quando o dólar estiver em baixa.

Comprar tudo no cartão de crédito

Um erro comum de quem faz viagens para o exterior é colocar todos os gastos da viagem no cartão de crédito. Embora ofereça mais comodidades nas transações, cartões de crédito também devem ser reservados para situações de emergência, quando falta dinheiro em espécie. Comprometer o limite pode causar problemas.

Um jeito seguro e econômico para fazer pagamentos fora do país são os cartões pré-pagos, que permitem pagamentos em débito, transações virtuais e saques, o que facilita bastante a vida do viajante.

Não conhecer o clima e a cultura locais

Isso é importante para que a mala seja feita de acordo com a estação do ano. Muitos países enfrentam invernos rigorosos e será necessário providenciar vestuário adequado. Quanto à cultura, é fundamental saber quais são os hábitos e os costumes do país pretendido para evitar dor de cabeça.

Há países que não permitem demonstrações públicas de afeto, por exemplo. Outros podem exigir um código de vestimenta diferenciado e descumprir essas regras é mais do que falta de educação, podendo gerar problemas com a justiça local.

Não ter um plano de celular com cobertura local

Esse é um detalhe que pode passar despercebido no planejamento de viagem, mas não deveria.  É muito comum a pessoa viajar com o plano normal de celular e, em algum momento, ficar sem comunicação em território internacional.

O ideal é procurar a operadora de celular habitual e checar se o plano tem cobertura no destino escolhido. Caso não tenha, é muito importante buscar alternativas, especialmente, quando está viajando sozinho.