Inclusão social e evolução clínica no desenvolvimento de crianças autistas

Cada vez mais se admite a necessidade do diagnóstico precoce de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) para que a terapia seja feita muito cedo. Com o passar do tempo diversas intervenções foram observadas, consideradas e colocadas em práticas para atender não apenas as crianças, mas também os adolescentes.

Entre essas ações, uma que vem se destacando e ganhando mais visibilidade é o uso da robótica enquanto ferramenta terapêutica para o autismo. Pois além de ser empolgante para os pacientes é uma ferramenta versátil e multidisciplinar. Cada vez mais a robótica assume uma importância social significativa já que inúmeras tecnologias da área estão se desenvolvendo para promover qualidade de vida.

De acordo com Edengibson Alves, instrutor/terapeuta de robótica da Clínica Ninho, a versatilidade dessa ferramenta é o que proporciona um maior desenvolvimento e engajamento das crianças.

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“A robótica terapêutica é uma adaptação da robótica educacional para adentrar no meio clínico e auxiliar crianças autistas a desenvolverem habilidades desejadas e aprimorarem aquelas que já existem. A robótica contribui ainda para um desenvolvimento psicossocial uma vez que seu plano é realizado também de forma grupal.

Pesquisas apontam que crianças com TEA têm facilidade de interagir com máquinas, devido às atividades de repetições, transmitindo assim, segurança aos autistas. Ainda de acordo com Edengibson Alves, essa interação pode propiciar às crianças uma melhora na prática cognitiva, que resultará positivamente no relacionamento com humanos, principalmente no ambiente familiar.

“As interações humanas demandam uma complexidade que não pode ser modelada, diferente da interação com máquinas e robôs, por exemplo, isso faz com que a criança se sinta mais livre o que aliado ao manejo clínico terapêutico facilita o desenvolvimento das habilidades sociais desejadas” explica