O setor de food service em todo o Brasil tem passado por uma forte reestruturação. Muitas empresas mudaram a forma de atendimento ao cliente, como alguns restaurantes que passaram do atendimento presencial para o delivery e outros que até mesmo lançaram novos produtos. Foi o caso da rede de gastronomia Charlô, que possui cozinha assinada pelo renomado chef Charlô Whately. Com 6 unidades e mais de 260 funcionários, a empresa reinventou-se para manter suas operações.
Bistrô da Charlô em São Paulo.
Durante a pandemia, Felipe Sigrist, CEO da Charlô, viu 100% das atividades da rede serem suspensas com as normas de isolamento decretadas. Para enfrentar o momento, implementou o delivery e o take out (retirada no balcão), além de lançar um e-commerce de comida congelada, opções que não faziam parte de seu escopo.
“Toda nossa operação era concentrada no atendimento físico ao cliente nas unidades. Aí, a pandemia pegou a gente de surpresa. Contudo, fomos rápidos em nossas decisões e conseguimos recuperar 50% do faturamento da rede somente com o nosso e-commerce de comida congelada”, conta Sigrist.
Eduardo Ferreira, CCO da ACOM Sistemas – empresa de softwares estratégicos para companhias de food service e que atende mais de 200 restaurantes em todo o Brasil, entre eles a Charlô –, acompanhou de perto muitas dessas reinvenções, ajudando no processo de gestão, reestruturação e atendimento via delivery, por exemplo.
“Tudo teve que ser rápido e sem margem para erro. Muitas empresas precisaram remodelar seus negócios e desenvolver novas formas de atingir o seu consumidor já que seus maiores lucros vinham das operações físicas”, explica Ferreira.
Para atingir resultados rapidamente, utilizou-se o ERP EVEREST, que possui muitas de suas funcionalidades voltadas para o ramo de food service auxiliando diretamente na definição de estratégias e gestão em tempos de crise.
Eduardo Ferreira, CCO da ACOM Sistemas
“A saúde e prosperidade de qualquer negócio passa por uma boa estratégia e gestão da empresa, que hoje já pode ser realizada de modo tecnológico e muito prático. Sentimos, por parte de nossos clientes, que as portas fechadas geraram muitas preocupações e incertezas. Contudo, com o auxílio de um sistema de gestão, que permitiu a eles analisarem o todo e controlarem suas operações, conseguiram focar em seus negócios e pensar em uma forma de remodelá-los rapidamente diante de um cenário tão caótico”, ressalta o CCO da ACOM.
É justamente o poder de reinvenção que definirá quem permanecerá e quem deixará o setor daqui para frente. Estima-se, segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), que 40% dos estabelecimentos não voltem a funcionar depois que toda a crise passar.
“Muita coisa mudou, e vai mudar ainda mais. O tempo está sendo de ‘arrumar a casa’ e planejar de maneira mais efetiva os próximos passos”, complementa Eduardo Ferreira, citando o caso do modelo home office, que deve ser adotado fortemente em muitas empresas, o que fará com que os restaurantes que atendiam esse público e tinham esperanças de reabrir fechem definitivamente as portas.