Expoente do samba carioca por excelência, o grupo Arruda celebra uma década e meia de existência com uma série de lançamentos projetados ainda para 2020. A primeira faixa revelada é “Falsa Liberdade”, single onde convidam a uma reflexão sobre o racismo estrutural na sociedade. A canção já está disponível para audição nas principais plataformas de streaming e também ganha um vídeo.
Ouça “Falsa Liberdade”: https://sl.onerpm.com/falsaliberdade
Assista ao vídeo: https://youtu.be/SVO047SjPm0
Originário da banca da Tia Zezé, na Mangueira, o Arruda soma apresentações pelos principais palcos da cidade do Rio de Janeiro, passagens por Bahia, Minas Gerais e São Paulo, clipes lançados, CD e DVD. Agora, o grupo se prepara para uma nova fase na carreira.
Em maio deste ano, o Arruda prestou homenagem à madrinha do samba, Beth Carvalho, e lançou “Andança”, primeiro sucesso da artista mangueirense. Com “Falsa Liberdade”, a banda começa a lançar faixas autorais.
A nova canção é um desabafo sobre a luta do negro na sociedade. Fala sobre o racismo, ora velado, ora escancarado, em versos como “Daqui debaixo eu enxergo o cativeiro/ Dizem que eu fui liberto/ Nunca me senti inteiro/ Minha vida é tão sofrida / Como um navio negreiro/ Minha vida é tão sofrida/ Como um navio negreiro”. O single antecede “Negritude”, outra faixa que segue abordando o tema do racismo, e um EP com 6 canções, entre inéditas e músicas que já são sucessos nas apresentações do grupo.
O Arruda é formado por sete integrantes. Sua batucada, uma das mais elogiadas do cenário do samba carioca, é composta por Gustavo Palmito (repique de mão e percussão geral), Fabão Araújo (surdo), Marcelinho (tan tan), Anderson Popó (percussão geral), Nego Josy (voz e pandeiro) e Armandinho do Cavaco (cavaquinho bandolim). Completa o time a cantora Maria Menezes. A artista é uma das maiores vozes da nova geração do samba, vencedora da Mostra de Novos Talentos Carioca da Gema e indicada ao 29° Prêmio da Música Brasileira com o Projeto ÉPreta.
O single “Falsa Liberdade” já está disponível nas principais plataformas digitais.
Ouça “Falsa Liberdade”: https://sl.onerpm.com/falsaliberdade
Assista ao vídeo: https://youtu.be/SVO047SjPm0
Crédito: Leo Queiroz
Ficha técnica
Composição: Nego Josy e Júnior de Oliveira
Arranjo e produção musical: Alessandro Cardoso
Técnico de gravação: Luciano King studio
Imagens: Léo Queiroz
Voz: Maria Menezes e Nego Josy
Surdo: Fabão
Tantan: Marcelinho
Pandeiro: Nego Josy
Repique de anel e cuica: Luiz Henrique
Xequerê, balde e tamborim: Popó
Efeitos, congas e agogô: Gustavo Palmito
Violão 6 cordas: Vítor Budoia
Violão 7: Saramago
Cavaco: Alessandro Cardoso
Cavaco: Armandinho
Sopros: Rogério Siri
Letra:
Daqui debaixo eu enxergo o cativeiro
Dizem que eu fui liberto
Nunca me senti inteiro
Minha vida é tão sofrida
Como um navio negreiro
Minha vida é tão sofrida
Como um navio negreiro
Daqui debaixo eu enxergo o cativeiro
Dizem que eu fui liberto
Nunca me senti inteiro
Minha vida é tão sofrida
Como um navio negreiro
Minha vida é tão sofrida
Como um navio negreiro
Sinto a dor do meu povo que luta
E não perde a esperança dessa vida aprumar
Lavrada a sentença, mas nada compensa
Um açoite velado, essa falsa liberdade
Têm negros morrendo demais
Mentem dizendo direitos iguais
Ai da gente se não correr atrás
Muito mais que você
Que insiste em dizer nos entender
Seu preconceito covarde é maldade
Lutamos em desvantagem pelo direito de viver
Daqui debaixo eu enxergo o cativeiro
Dizem que eu fui liberto
Nunca me senti inteiro
Minha vida é tão sofrida
Como um navio negreiro
Minha vida é tão sofrida
Como um navio negreiro
Sinto a dor do meu povo que luta
E não perde a esperança dessa vida aprumar
Lavrada a sentença, mas nada compensa
Um açoite velado, essa falsa liberdade
Têm negros morrendo demais
Mentem dizendo direitos iguais
Ai da gente se não correr atrás
Muito mais que você
Que insiste em dizer nos entender
Seu preconceito covarde é maldade
Lutamos em desvantagem pelo direito de viver
Composição: Junior Oliveira / Nego Josy