Com um investimento de R$ 9,7 milhões, os 60 novos equipamentos já estão em pleno funcionamento ao público. No aniversário da cidade, prefeito João Campos anunciou a segunda etapa do Projeto Orla, com a requalificação dos banheiros e construção de novos módulos. Serão investidos R$ 5,5 milhões nas novas intervenções

Um dos principais cartões postais da cidade, destino de moradores e turistas de todo o país, a Orla de Boa Viagem está de cara nova. Neste domingo (11), foram entregues os últimos quatro quiosques de um total de 60 que foram totalmente requalificados em 12 meses. Com um investimento de R$ 9,7 milhões, os novos equipamentos foram aprovados junto à Associação dos Barraqueiros de Coco do Recife (ABCR) e foram coordenados pelo Gabinete de Projetos Especiais, em parceria com a Secretaria de Política Urbana e Licenciamento. O prefeito do Recife, João Campos, prestigiou a solenidade de entrega e anunciou a segunda fase do Projeto Orla, que vai contemplar a reforma dos atuais banheiros da Orla e a construção de novos equipamentos.

“Hoje a gente entrega, na completude, todos os 60 quiosques da orla requalificados. A gente sabe do diálogo que teve, não foi uma tarefa fácil, mas demos a palavra que iríamos fazer, que colocaríamos o recurso e que confiassem na gente. Tínhamos o interesse em comum de cuidar do Recife e organizar esse que é o espaço mais querido e mais utilizado da cidade”, afirmou o prefeito João Campos. “Todo mundo se sente parte dele, que é a nossa orla”, acrescentou o gestor. 

A segunda fase do Projeto Orla vai contar com a reforma dos 11 banheiros existentes e a construção do dobro de novos equipamentos ao longo da extensão que vai de Brasília Teimosa a Setúbal. Esta nova fase do projeto terá investimento de R$ 5,5 milhões. Além dos novos banheiros, a proposta ainda contempla iluminação, calçamento e outras melhorias.

“Hoje, no aniversário da nossa cidade, firmamos o compromisso de no próximo mês a requalificação de todos os banheiros. Vamos duplicar o número de banheiros na orla, construindo mais módulos que ficarão tão bonitos quanto os quiosques, num padrão de qualidade, feito com gosto, para a gente poder cuidar do que é nosso. Tenham certeza que aqui é só o início. Vocês acompanham o projeto da orla e teremos nos próximos anos a orla inteira dentro daquilo que as pessoas esperam”, garantiu o prefeito João Campos.

ESTRUTURA – Os novos quiosques entregues têm tamanho padrão de 39,8m² de área coberta, sendo 16m² de área interna – maiores que as estruturas anteriores. A ideia do projeto foi realizar a transição entre o ambiente natural da praia e o construído – calçadão e avenida – mantendo aspectos de segurança, durabilidade, funcionalidade e acessibilidade. O sistema de lajes de concreto de alto desempenho garante a segurança e a durabilidade aos quiosques, além de facilitar a manutenção. A acessibilidade foi contemplada – os equipamentos têm balcão acessível para atendimento de cadeirantes. O projeto tem forte identidade recifense, com a preservação da herança arquitetônica, da memória urbana e da cultura popular da cidade. A laje plana projetada dialoga com a linha do horizonte da praia. 

A quiosqueira Izabela Siqueira de Lima, de 38 anos, que desde 2002 trabalha no quiosque de número 34, nas imediações da Pracinha de Boa Viagem, aprovou a reforma e projeta mais vendas e geração de renda. “Em termos de estrutura, ela é excelente. Tudo isso vai proporcionar novas conquistas pra gente, tudo no dia a dia para receber recifenses e turistas. Principalmente no aspecto de qualidade do atendimento. Estou me sentindo realizada. Essa estrutura de agora é outra coisa para nós quiosqueiros”, comemorou.

O concreto pigmentado dos 60 quiosques da Orla, na cor areia, confere originalidade e contemporaneidade ao conjunto dos equipamentos. É possível encontrar semelhantes no Museu Cais do Sertão, em Recife; no Paço das Artes, em São Paulo; no Museu Casa Paula Rego, em Portugal; ou até mesmo no Museu Iberê Camargo, em Porto Alegre, com o concreto branco estrutural. 

O painel de azulejaria de tradição portuguesa e largamente utilizado na arquitetura moderna brasileira e pernambucana foi incorporado ao projeto, com um redesenho das antigas velas e ondas das calçadas da Avenida Boa Viagem, se transformando num momento de resgate da memória urbana do Recife. Esse detalhes são encontrados no Edifício Acaiaca, em Boa Viagem; Edifício Barão de Rio Branco, na Boa Vista, do arquiteto Delfim Amorim; e nos volumes das cascas de cobertas pré-moldadas de Armando de Holanda, no Parque dos Guararapes. Os azulejos revestem os depósitos que irão auxiliar na organização do novo layout interno. Os beirais amplos dos quiosques oferecem sombras mais generosas, dando o conforto ambiental tão necessário nas cidades tropicais. 

CAPACITAÇÃO – Com o objetivo de oferecer informações sobre o melhor funcionamento e manutenção do equipamento – além de assistência ao cliente – os permissionários receberam instruções sobre a importância do bom atendimento ao público e orientações sobre os atrativos turísticos da cidade. Inclusive, sobre os Centros de Atendimento ao Turista (CATs) – há dois deles em Boa Viagem, um na Pracinha de Boa Viagem e outro no Segundo Jardim. Além disso, houve orientação sobre manipulação dos alimentos, medidas de higiene, entre outros. A qualificação foi realizada pelas secretarias de Secretaria de Turismo e Lazer, Política Urbana e Licenciamento, Gabinete de Projetos Especiais e Vigilância Sanitária.