Muitas são as notícias de prédios públicos, empresariais e residenciais que são atingidos por incêndios de médias e grandes proporções, destruindo edificações, bens materiais e deixando pessoas mortas e feridas. Problemas como estes podem ser evitados quando os estabelecimentos e condomínios seguem os critérios de segurança contra incêndio e pânico em edificações, determinados pela Lei Estadual Nº 11.186, de 1994. Segundo um levantamento do Sistema Único de Saúde (SUS) em parceria realizada com a Geneva Association, o Brasil ocupa o 3º lugar no ranking de países com mais mortes provocadas por incêndio. 

Na noite desta quinta-feira (11), no Cabo de Santo Agostinho, um supermercado pegou fogo, comprometendo também casas que ficam ao seu redor. Recentemente, no bairro do Passarinho, na Zona Norte do Recife, um galpão de distribuição de adubo foi atingido por um incêndio de grandes proporções. Teto e paredes ficaram comprometidas, com algumas chegando a cair. No bairro de Boa Viagem, no ano passado, o fogo atingiu mais de dez carros que estavam na garagem de um edifício. Para o engenheiro civil Thiago Medeiros, da Prevcom Engenharia, exemplos como estes poderiam ser evitados caso as determinações da Lei Estadual fossem cumpridas. “Não se adequar ao que pede a lei é um grande problema para edifícios residenciais e empresariais. Os riscos são enormes, como a falta de extintores e hidrantes ou estes materiais danificados; a não existência de uma rota de fuga definida ou adequada no momento do incêndio”.

O Corpo de Bombeiros é o órgão responsável por fazer as exigências de segurança, emitir o Auto de Vistoria (AVCB) e a inspeção destes locais. Como é determinado pela lei, as edificações precisam ter paredes e portas corta-fogo, sinalização, iluminação e saídas de emergência, alarmes, extintores manuais, hidrantes, entre outros. “Normalmente, prédios e empresariais mais antigos não atendem aos critérios de segurança e combate a incêndio, por isso, é importante contratar uma empresa para a confecção de um projeto, a certificação AVCB e a instalação destes materiais. Caso isso não seja feito, após uma inspeção do Corpo de Bombeiros, o local pode ser notificado, multado e interditado”, concluiu Thiago.