Natação é apontada como uma atividade mais segura em tempos de pandemia
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), crianças a partir dos dois anos não só podem, como devem praticar atividades físicas e esportivas condizentes com a idade. Isso porque, segundo especialistas, a prática de esportes na infância é muito importante para o desenvolvimento saudável não só do corpo, mas também da mente. Além de contribuir com o refinamento da coordenação motora, ajuda a desinibir os pequenos, melhora o senso de organização e disciplina, contribui para a manutenção da saúde, entre outros benefícios.
Através da consciência corporal e coordenação motora, fatores que devem ser desenvolvidos já na primeira infância, a criança se sente mais confortável e confiante para explorar o mundo ao seu redor. Segundo o coordenador de Educação Física e Esportes do Colégio CBV, Túlio Ponzi, os esportes são ferramentas fundamentais neste processo, ao mesmo tempo em que contribuem para a compreensão do conceito de trabalho em equipe e estimulam o respeito às diferenças.
Com suas regras e normas características, a prática esportiva é uma ótima maneira de trabalhar questões como disciplina e organização da rotina de forma leve e divertida, principalmente quando iniciada ainda na infância. Segundo Ponzi, o emocional também é amadurecido através do esporte, que ensina sobre resiliência, perdas e ganhos, contribuindo para que a criança saiba, no futuro, lidar com as frustrações da vida.
Se exercitar também é uma ótima estratégia para combater doenças emocionais como a ansiedade, tão comum na infância e adolescência. A prática de atividades físicas libera no organismo uma série de substâncias e hormônios responsáveis pela sensação de bem-estar — isso é essencial para a prevenção de problemas como a depressão. Por fim, mas não menos importante, o hábito de se exercitar reduz o risco do desenvolvimento da obesidade e outras doenças, fortalecendo o sistema imunológico e contribuindo para uma boa manutenção da saúde física.
Natação – Em tempos de pandemia, muitos pais têm dúvidas sobre as práticas esportivas mais indicadas neste período em que a etiqueta respiratória e o distanciamento social são essenciais. Segundo especialistas, entre outros esportes de modalidade individual, uma das melhores alternativas é a natação, tanto para crianças quanto para os adultos.
Para Flávio Lapa, professor de natação do CBV, a prática é considerada segura devido a diversos produtos químicos que são adicionados à água da piscina, como cloro, clarificantes, decantadores, entre outros. Esses compostos são responsáveis por reações químicas que anulam o vírus da Covid-19. No entanto, as regras de distanciamento social e o não compartilhamento de equipamentos de uso individual devem prosseguir, como forma de prevenção.
Além de ser mais segura durante a pandemia, a natação é conhecida por ser um esporte completo, trazendo diversos benefícios para os seus praticantes. E principalmente para as crianças, é fundamental para prevenir acidentes como o afogamento.
Fátima Bezerra, mãe de Beatriz, hoje com 14 anos, conta que a filha começou a praticar natação com três anos, principalmente por questão de segurança. A identificação com o esporte foi tanta que ela, mais tarde, começou a ser chamada para competições. “Percebemos os inúmeros benefícios que a natação estava trazendo para o seu desenvolvimento. A disciplina, alto nível de concentração e raciocínio lógico foram os principais no começo, criando hábitos saudáveis, bom senso, tudo com moderação”, conta.
Fortalecimento da integração social, melhora da autoestima e diminuição da ansiedade foram outras contribuições do esporte na vida da atleta. “A natação fez e continuará fazendo essas diferenças positivas no seu desenvolvimento e crescimento para a vida inteira”, finaliza a mãe.