Ferramenta estimula o engajamento, reunindo dados sobre saúde, higiene e segurança

 A incerteza sobre como será a volta à rotina, após a pandemia do coronavírus, gera preocupação na grande maioria das pessoas. Conforme estudo, apenas cerca de 50% dos brasileiros têm atendido às recomendações de saúde e cumprido o isolamento social. Neste cenário, prevalece o receio sobre quem realmente está se cuidando, na hora de manter o contato físico ou tornar a frequentar lugares públicos e privados. A plataforma “Fiquei em Casa”, desenvolvida por uma startup pernambucana, foca nesta troca positiva das informações. A ideia une tecnologia e conscientização coletiva, criando uma ferramenta de validação simples, capaz de abrir portas e ainda ajudar a quem mais precisa.

O sistema propõe um monitor que usa inteligência artificial no controle da quarentena, ajudando os cidadãos durante e após esta fase de restrições. No ambiente digital, no endereço fiqueiemcasa.com.br, é feito o preenchimento de um cadastro com linguagem acessível, aberto para lembretes e atualizações diárias. Os dados incluem possíveis sintomas ou acometimento de doenças, interferências externas, utilização de produtos de higiene ou medicamentos, até a lembrança do hábito de lavar as mãos. O enfoque está no que se passa dentro dos lares, no dia a dia das famílias. Os usuários vão receber um QR-CODE “Pessoal”, podendo mantê-lo em seus smartphones, tablets, pulseiras ou mesmo receber em domicílio, para uso da forma que preferirem.

“Entendemos que para a economia voltar a circular não depende apenas de decretos, as pessoas precisam ter confiança e segurança para voltarem as suas atividades cotidianas”, explica o CEO da Fiquei em Casa, Samuel Buarque. Segundo ele, o propósito é de vencer o medo com auxílio da tecnologia. “Vamos voltar a frequentar lojas, shoppings, restaurantes e outros diversos estabelecimentos, seja para trabalho ou para o lazer. Porém, não teríamos como saber, com certeza, como está a pessoa ao nosso lado ou o funcionário que nos atende”, complementa, lembrando que o propósito é de entender o comportamento, garantindo também a privacidade e anonimato.

– APLICAÇÃO
As empresas ou instituições, de qualquer segmento, poderão adotar a tecnologia gratuitamente, fazendo a leitura eletrônica dos seus frequentadores. No momento da identificação, serão apresentados dados como nome, últimos quatro dígitos do CPF, e outros elementos relativos ao cumprimento das recomendações. O monitoramento vai proporcionar a conscientização dos hábitos durante e após o período de quarentena, traçando um recorte preciso da população.

Ainda existe a abertura para novas implementações na base de dados, podendo também ser usada para o mapeamento dos órgãos de saúde pública. Para o usuário, o cadastro é feito sem custos e sua identificação mensal será a partir de R$ 4,99, valor simbólico para manutenção da operação. Há também planos familiares e voltados para empresas. O Fiquei em Casa é uma iniciativa de engajamento, dentro da luta para vencer a covid-19, e já nasce com o propósito de doar parte do arrecadado para organizações sociais que atuam com os menos favorecidos.