“Meu amorzim” está disponível no YouTube a partir desta quarta-feira (8)

Compositor e intérprete de destaque da nova geração pernambucana, PC Silva lançou, na quarta-feira (8), o clipe de “Meu amorzim”, o primeiro single do álbum “Amor, saudade e tempo”. Inicialmente previsto para maio, a estreia fonográfica solo dele foi adiada para o segundo semestre de 2020 em decorrência do distanciamento coletivo provocado pela pandemia da covid-19. O vídeo estará disponível no link https://youtu.be/fzpgm5ht53w.

Em “Meu amorzim”, PC Silva canta como quem reza e vê na despedida uma espécie de encantamento. Em tempos de incerteza, estreia sua carreira solo com a potência de uma oração que abre caminhos e ilumina o trabalho, buscando proteção frente ao momento em que vivemos. Em sintonia com compositores como Gilberto Gil e Chico César, sua canção é permeada pela alusão aos ritos religiosos de um cristianismo popular muito característico do sertão nordestino.

Joana Terra, Luiza Fittipaldi, Jr. Black, Marcello Rangel e Juliano Holanda – produtor musical da música e do álbum – fazem coro na canção, que conta ainda com uma introdução feita pela avó dele, Joaquina, falecida em 2018, aos 94 anos. “Ela era rezadeira lá em Serra Talhada. Essa foi a primeira oração que me ensinou, dizia que tinha que rezar todos os dias pela manhã”, recorda PC. A avó é, para ele, fonte de ensinamento sobre fazer o bem. 

As gravações foram realizadas nos arredores da cidade natal deles e contaram com a colaboração de moradores das localidades tanto na produção quanto na figuração. “Como ele foi criado nesse ambiente mítico dos poetas, das distâncias e das ausências, a gente optou por um clipe que mostrasse essa ligação com o interior de Pernambuco e trouxesse essa atmosfera de saudade, até um pouco de melancolia”, explica o diretor audiovisual, Tiago Martins Rêgo. A direção de fotografia é de Felipe Schuler e a produção e fotografia adicional, de Álvaro Severo.

Integrante da bandavoou até 2015, PC Silva é um artista cujo olhar, ao mesmo tempo delicado e complexo, se volta a diferentes universos temáticos e coloca em diálogo assuntos cotidianos e dilemas atemporais. Essas características, somadas à inquietude de seu posicionamento criativo e artístico, são alguns dos elementos que o fazem se destacar entre os tantos parceiros que constroem com ele a mostra coletiva “Reverbo”. PC atua artisticamente desde 2012. Além de cantor, instrumentista e compositor, já dirigiu e roteirizou o musical “Todas as vidas do mundo”, em 2017.