Publicação assinada pelo produtor cultural Paulo Braz será lançada nesta quarta-feira (06), na Mercearia do Braz, com grande festa no Bairro da Boa Vista.

Com 30 anos de grandes produções na noite do Recife no currículo, entre festas, casas noturnas e bailes de Carnaval, Paulo Braz está lançando livro com toque histórico e biográfico. Intitulada “Meu peito é feito de festa”, a publicação narra em primeira pessoa um apanhado de acontecimentos na vida profissional do produtor cultural que hoje ainda é responsável pela Mercearia do Braz e por eventos como o Baile do Siri na Lata, este que ganhou um capítulo inteiro na obra. O lançamento do livro é nesta quarta-feira (06), a partir das 18h, na Mercearia do Braz (Rua Visconde de Goiana, esquina com a José de Alencar, no bairro da Boa Vista).

A ideia da publicação veio há cerca de 20 anos. Na época, Braz já havia adquirido o hábito de guardar exemplares dos cartazes que eram feitos para divulgar as festas. “Depois, na noite, nos bares e casas noturnas, eu ia anotando algumas observações sobre o que acontecia, o que dava certo, o que dava errado e eu fui guardando isso num baú. Até que três anos atrás eu decidi juntar tudo e acho que fiz um documento interessante sobre os 30 anos da noite no Recife que conta um pouco também a história da cidade nesse período”, explica o autor.

Além dos causos de Braz, o livro conta também com alguns depoimentos de nomes fortes em Pernambuco, como o cientista Silvio Meira, o artista Paulo Brusky, o jornalista e fundador do Siri na Lata, Ricardo Carvalho, entre outros. A primeira edição da publicação conta com ilustrações de David Alfonso Suárez, também diversas fotos, recortes de jornais e cartazes.

Paulo Braz, paraibano de Sumé, chegou ao Recife no Natal de 1969, com 15 anos de idade e duas mudas de roupa, para morar na casa de um tio que não conhecia. Seis ano depois, era funcionário concursado do Banco Central e estudante de psicologia. Em 1986, já terapeuta, viajou para o Congresso Latino-Americano em Cuba, o que mudou os rumos da sua vida. Ao entrar em contato com os runs, os “puros”, a salsa, a estética e o molejo da ilha, voltou decidido a fazer festas temáticas na capital pernambucana. Essa experiência despertou sua vocação festeiro.

O livro conta sua trajetória de 230 anos como produtor e empresário da noite. Durante esse período produziu mais de 30 festas e 21 reveillons, abriu sete casas noturnas, e realiza desde 1990 os bailes do bloco Siri na Lata.

Foto: Divulgação