Turnê, que estreou neste mês de maio, chega ao Teatro Guararapes dia 25 de novembro

Um par ímpar é uma dupla singular. Paulinho Moska e Zélia Duncan são amigos e parceiros desde o primeiro disco solo de cada um, ainda na década de 1990. São mais de 25 anos de amizade e de canções compostas juntos. O aguardado e inevitável encontro desses dois artistas em uma turnê, adiado por dois anos devido à pandemia, acaba de acontecer neste mês de maio. “Um Par Ímpar” cumprirá agenda pelo País, e o Teatro Guararapes será palco do show dia 25 de novembro. Os ingressos já estão à venda (serviço abaixo).

O projeto já estava sendo pensado por Moska e Zélia há muito tempo, quando começaram a compor e gravar pérolas como “Carne e Osso”, “O Tom do Amor”, “Sinto Encanto” e “Não”. E ao longo dos anos, foram se aproximando cada vez mais com as novas “Feliz Caminhar” e “Medo do Medo”, gravadas respectivamente nos álbuns mais recentes “Tudo é Um” (Zélia/2019) e “Beleza e Medo” (Moska/2018). Mas a ideia da turnê começou a se concretizar quando, em 2012, criaram a canção “Um Par Ímpar”, um hino de encontro, de liberdade, de turma, de tribo, da união de todos nós: “Somos a canção da natureza, somos loucos por beleza e do que ela é capaz. Somos uma onda diferente, se você quer vir com a gente traga amor e mais.” Guardaram a canção numa gaveta especial porque já sabiam que esse poderia ser também o nome da turnê tão sonhada pelos dois. 

E agora chegou a hora de escutá-la. Conhecidos pelo bom uso da palavra poética em suas letras, o show da dupla de cantautores que se une, pela primeira vez, em uma turnê apresenta suas versões das parcerias e outras surpresas que completam o repertório. Além dos sucessos citados acima, canções da carreira individual de cada um, canções de outros autores (como “A Idade do Céu”, do uruguaio Jorge Drexler e gravada pelos dois) e inéditas compostas pela dupla também aparecem no roteiro. “Um Par Ímpar” nos sugere um verdadeiro encontro que se unifica, um plural que se singulariza, uma diversidade que equilibra. E assim são Zélia e Moska, diferenças que se completam, semelhanças que se potencializam. Um par singular, um ímpar plural.

Zélia por Moska:
Zélia Duncan, Zélia Duncan… Zélia é toda alma, como dizia uma velha bruxa sobre si mesma, mas aqui eu falo dessa minha amiga-irmã. Essa artista-alma é como um espelho familiar que escolhi por semelhança mas que também nos reflete o côncavo e o convexo da vida, no nosso espaço, na eterna beleza de nossa amizade. A mulher que vi se transformar em outras, em muitas, em todas, ao longo de mais de vinte e cinco anos me ofereceu generosamente suas palavras, suas flechas de cupido. Palavras que nos adoecem de paixão e que o único remédio é compor uma canção. Celebro aqui o privilégio de ser um de seus cúmplices, um de seus parceiros, um de seus amigos. Ela me transforma em outro sempre que estamos juntos. Sou ateu, mas digo ¨amém¨ pra tudo que minha Irmã Zelinha me chama… porque ela é o tipo de deusa em que eu acredito. A palavra é nossa verdadeira rainha, e com dois violões vamos cantar nossa parceria de vida.

Moska por Zélia:
Paulinho Moska, Paulinho Moska… Paulinho é todo coração, como dizia um velho poeta sobre si mesmo, mas aqui eu falo desse meu amigo-irmão. Eu olho e ouço há tanto tempo esse artista-coração se movimentar na vida e no palco. Não sei se amo mais nossos pontos de contato ou nossas diferenças. Com as diferenças eu aprendo, me surpreendo, fico sem ar de ver as belezas que ele inventa. Nos pontos de contato cresço junto, me acho, me vejo a mim, quando olho pra ele e ainda existe a confiança. Pré-requisito fundamental para pisar no mesmo palco. Foi Elis Regina, uma das maiores de todos os tempos que disse meio assim, o palco e a cama, a gente só divide com quem se ama. Nesse show, nosso palco vai ser nossa cama, onde vamos deitar e rolar com nossas estradas e violões, prontos pra nos seduzir. Vamos nos cantar, nos recontar, cantar os outros. Pra que esse show agora? Porque sempre foi! Porque tá urgente se encontrar! E principalmente, porque temos o desejo.

SERVIÇO
Paulinho Moska e Zélia Duncan em “Um Par Ímpar”
Dia 25 de novembro (sexta), às 21h
Teatro Guararapes: Centro de Convenções de Pernambuco
Informações: (81) 3182.8020

Ingressos:
Plateia: R$ 180 e R$ 90 (meia)
Balcão: R$ 150 e R$ 75 (meia)
Ponto de venda: bilheteria do teatro, site Sympla e lojas TicketFolia