Dermatologista lista cuidados essenciais para evitar problemas com a pele das crianças na estação mais quente do ano.
As férias de janeiro são a época mais esperada pelas crianças. É quando os parques, clubes e principalmente as praias ficam lotados. Mas para evitar vermelhidão, bolhas e outras dores de cabeça, é preciso ficar de olho na fotoproteção dos pequenos.
Apesar de ter a estrutura igual à dos adultos, com a mesma quantidade de camadas, a pele das crianças é bem mais fina e, consequentemente, muito mais sensível. Além disso, durante o primeiro ano de vida, a produção de melanina, substância que absorve a luz e protege a derme da ação da radiação, não é plena. Por isso, crianças pequenas não têm condições físicas de ficar expostas ao sol por períodos que não sejam curtíssimos.
Para evitar os problemas que o sol pode causar na pele das crianças, a dermatologista Déborah Castro listou sete cuidados essenciais que os pais devem adotar principalmente no verão.
- Protetor solar
“Até os 6 meses, o uso de protetor não é recomendado, devido à sua maior absorção pela pele do bebê. Após essa idade, a criança não só pode como deve usar filtrosolar com fator de, no mínimo, 30”, afirma a dermatologista. Vale aplicar até duas camadas para garantir a proteção, explica Déborah, que também ressalta a importância de evitar o sol entre as 10 e 16 horas, além de usar roupas e chapéus para ajudar na proteção. - Cuidados com queimaduras
Se a criança ficar ardida devido a exposição ao sol, a recomendação de Déborah é fazer uso de hidratentes à base de água, específicos para crianças, de uma a duas vezes por dia para aliviar a dor e a coceira. “Evitar banhos quentes e fazer compressas frias com auxílio de um pano úmido também são importantes para não piorar a lesão”, diz a dermatologista. - Repelentes
O aumento da incidência de mosquistos no verão também é uma preocupação para o bem estar das crianças. Por isso, o uso de repelentes também é necessário para evitar doenças que vão além que os problemas com a pele. Déborah fala que os repelentes mais indicados são à base de Deet e Icaridina, que protegem também contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, e podem ser aplicados até três vezes ao dia. - Manchas na pele
Muitas pessoas têm dúvidas se tomar frutas ou comer sucos no sol podem causar manchas na pele. Déborah explica que a ingestão do suco não provoca manchas na pele, o que pode acontecer é que o contato direto com frutas cítricas – como limão, laranja e maracujá – pode manchar. “Então, caso a criança consuma esse tipo de fruta, lave bem as mãos e o rosto dela logo após”, aconselha a dermatologista. - Uso de hidratante
O uso de hidrante após exposição ao sol não é obrigatório, mas ajuda a pele a se recuperar mais rapidamente, é que diz a dermatologista Déborah Castro, que ainda aconselha a dar preferência aos hidratantes à base de água ou aloe vera por possuítem propriedades calmantes. - Areia oferece riscos?
A resposta da Dermatologista é sim. “A areia pode ser transmissora de doenças cutâneas, como micoses, bicho de pé, bicho geográfico e toxoplasmose. Para prevenir, o melhor é não andar descalço em lugares onde esses animais circulam”, diz. - Brotoejas
As brotoejas são um processo inflamatório em glândulas sudoríparas, responsáveis pela produção do suor, que pioram com aumento da temperatura e da transpiração. Para evitar, a dermatologista Déborah recomenda o uso de roupas leves e largas, preferencialmente de algodão, e deixar a criança em lugares frescos, não sendo necessário passar nada no local.