Atualmente a ortodontia dispõe de vários tipos de aparelhos ortodônticos para corrigir uma determinada má oclusão, mas o sucesso do tratamento vai muito além de instalar o aparelho. A ortodontista Aline Damasceno destaca que é importante conhecer as reais necessidades do paciente e fazer um diagnóstico e planejamento individualizado de cada caso.

Aline considera a avaliação um ponto inicial no processo de diagnóstico, pois através dela é feito um levantamento de dados a respeito de hábitos, saúde geral, bucal e um histórico de hereditariedade. “Neste momento é fundamental que o ortodontista identifique os desejos e as expectativas do paciente em relação ao resultado do tratamento, afirma a ortodontista.

Nos exames físico e clínico é necessário examinar a proporções da face, condições reais da saúde, higiene bucal e avaliar a atividade muscular durante a deglutição, a respiração e a fonação. “É necessário explicar detalhadamente as alterações de normalidade ao paciente. Igualmente, falar da relevância de solicitar exames radiográficos complementares para uma visão mais ampla e profunda do diagnóstico final e consecutivamente o planejamento do caso”, explica a especialista.

Segundo Aline Damasceno, os exames específicos para avaliar cada caso em detalhes são radiografia panorâmica, teleradiografia, modelos de estudo em gesso, escaneamento intra oral, fotografias intra e extra bucais, laudos e análises cefalométricas. Ainda assim, quando necessário podemos solicitar outros exames mais complexos como a tomografia, por exemplo.

“Esses exames permitem ao ortodontista classificar com precisão o tipo de má oclusão, discrepâncias cefalométricas e as disfunções de crescimento e desenvolvimento da face. Dessa forma, é possível também encaminhar o paciente para tratamentos complementares associados com outras especialidades médicas, se for necessário, como fonoaudiologia e otorrinolaringologia.

A ortodontista enfatiza que é preciso deixar o paciente ciente de tudo o que ocorrerá durante o tratamento para que não haja surpresas inesperadas. “Após o diagnóstico é feito o planejamento ortodôntico. Nessa hora o profissional determina as opções de tratamento, os tipos de aparelhos ortodônticos que poderão ser indicados e se há necessidade de extrações dentarias ou até mesmo outros tipos de cirurgias”, finaliza Aline Damasceno, acrescentando que o sucesso de qualquer tratamento depende muito do profissional que está executando, assim como da colaboração do paciente durante o uso do aparelho ortodôntico.