“O Nome da Rosa”, “A Ver Navios”, “Minha Tez” e “Sereia” reforçam o legado cultural e histórico do grupo que é considerado patrimônio imaterial de Salvador, dos baianos, brasileiros e todos do mundo que partilham das ideias do projeto
Patrimônio histórico e cultural do Brasil, a música do Olodum perpassa gerações. Música das ruas, do carnaval, da cultura e da luta contra o racismo, nascida no Pelourinho, com sede no centro de Salvador, Bahia, cenário natural da aventura musical que é o grupo. No melhor ritmo, o projeto celebra 40 anos de existência com o lançamento de “Olodum 40 anos”, um EP com quatro faixas inéditas. “O Nome da Rosa”, “A Ver Navios”, “Minha Tez” e “Sereia” carregam, mais uma vez, as marcas do grupo ao cantarem sobre as profundas mudanças sociais, ambientais e civilizatórias do país, entre guerras, tragédias e ninharias.
Começando com “O Nome da Rosa”, que já no título mostra a inspiração vinda do romance homônimo de Uberto Eco, composta por Alisson Lima dentro do universo e sob influências do reggae, retrata a base musical do autor e, segundo ele, representa o encontro das pessoas com o Olodum, que ele diz ser “a flor do Pelourinho”.
As batidas marcadas continuam em “A Ver Navios”, uma regravação da faixa original, lançada pela primeira vez em 1992, no álbum “A Música do Olodum”, interpretada na época pela potente voz de Tânia Santana. A letra, extremamente atual para os dias de hoje, além de ser uma linda poesia, está alinhada com os questionamentos diários que nós temos sobre o meio ambiente, respeito à mulher e a constante luta por uma sociedade mais justa e igualitária. A nova versão tem como objetivo levar essa mensagem para todos os fãs e admiradores da música pelo grupo.
O swing de “Minha Tez”, uma composição descrita por Marquinho Marques, um dos responsáveis pela letra, como “a música, conhecida também como ‘Pelourinho Iluminado’, é inspirada no Maestro Neguinho do Samba, em uma noite dessas, embaixo de um lampião, o poeta da percussão iluminava-se para tocar. A alma, a mente e o coração”.
“Sereia” completa o projeto, composição também assinada por Alisson Lima, teve inspiração nos toques do candomblé, que foi objeto de pesquisa do compositor, além do canto de Yemanjá e da beleza de Oxum. A faixa foi eleita a melhor música do Festival de Músicas e Artes Olodum – FEMADUM 2018. A música foi feita inicialmente para o carnaval do Bloco Olodum, cujo enredo era “Deusas Das Águas, Oceanos, Rios e Lagos”.
É neste universo que a música do Olodum celebra o aniversário de 40 anos de gestação do samba-reggae, da cultura e da liberdade, com anseios de promover a paz e o desenvolvimento de uma mentalidade de diversidade humana por meio da reeducação dos símbolos e mitos. Considerada patrimônio imaterial de Salvador, dos baianos, brasileiros e pessoas do mundo inteiro, que compartilham das antigas e novas ideias de revolução com prazer, de apego à não violência e do carinho com a matriz africana da civilização, a música do Olodum nos brinda, mais uma vez, com “Olodum 40 anos”.
Para celebrar este marco, a Warner Music Brasil montou também uma playlist comemorativa que relembra não só os sucessos dos 40 anos do Olodum, como também inclui as faixas inéditas. Ao todo, são 40 músicas.
Relembre os marcos do Olodum:
– 11 álbuns com a Warner Music Brasil, 25 discos lançados em 40 anos. Várias coleções feitas no exterior, entre Japão, Itália e Inglaterra
– 2 DVDs lançados
– 40 países vistados no mundo pelo projeto
– 7 Copas do Mundo, tendo feito a abertura de duas delas, no Brasil e na Alemanha
– 55 personalidades, nacionais e internacionais, estiveram com o Olodum durante esses anos
– 4 personalidades/ prêmios Nobel da Paz estiveram com o Olodum, entre elas: Desmond Tutu, Nelson Mandela e Malala
– Várias ações criativas fazem parte da história do grupo, entre elas: uma escola, fundada em 1983, uma trupe de teatro, criada há 30 anos e uma fábrica de Carnaval
– Dentro da música, parceria importantes do reggae, como: Ziggy Marley, Jimmy Cliff, Alpha Blondy, Koko Dembele, entre outros
– 4 clipes mundiais, todos com números extraordinários de visualizações. Entre eles, o globalmente conhecido “They Don´t Care About Us”, com Michael Jackson. Paul Simon, Jimmy Cliff e Alpha Blondy completam o estrelado repertório