Programação gratuita, em diversos pontos, conta com apresentações musicais, teatro, vídeo e feira cultural
Olinda celebra, neste mês de dezembro, quatro décadas do título de Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade. Para marcar a data, a Prefeitura da Cidade dá início a uma série de atividades, com ponto de partida nesta segunda-feira (12), por meio da Semana de Preservação – Olinda 40 Anos de Patrimônio Mundial. A iniciativa vai promover discussões e atrações, em diferentes pontos, abordando a conscientização. No leque estão palestras, apresentações musicais e exposição das belezas da terra. A programação segue até a sexta-feira (16), incluindo também uma feira típica, atraindo os olhares de moradores e visitantes.
O circuito especial vai contar com workshops gratuitos, promovidos por historiadores e pesquisadores, para discutir os avanços já conquistados e os desafios para manutenção do conjunto arquitetônico presente em Olinda. Na festividade, o público poderá se encantar, ainda, com apresentações teatrais; espetáculos de performance e dança; e exibições de vídeos ao ar livre, abraçando a toda a comunidade. A Catedral Metropolitana, no Alto da Sé, também será palco de intervenções.
Motivo de orgulho para Pernambuco, o caminho para Olinda se tornar Patrimônio Mundial começou em 1937, quando os principais monumentos do Sítio Histórico foram tombados. A partir daí, uma série de ações foram implementadas para preservação do conjunto arquitetônico, histórico e cultural da cidade. Em 1980, o Congresso Nacional concedeu à cidade o registro de Monumento Nacional. Dois anos depois, em 1982, a Unesco conferiu o título de Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, tornando-se a segunda cidade brasileira a receber tal honraria.
Desde a época, até os dias atuais, a Marim dos Caetés assinala refinamentos elaborados na decoração das suas principais estruturas urbanísticas e arquitetônicas, contrastando com a charmosa simplicidade do casario. São estruturas dotadas de cores vivas ou com as fachadas revestidas em azulejos, capazes de retratar uma ampla carga histórica. Suas ladeiras, famosas no mundo todo, carregam presente e passado de encantamento, uma infinidade de acontecimentos que vão bem além da graça do Carnaval. Os recortes trazem consigo a memória de pessoas que se dedicaram – e continuam a se dedicar – à manutenção daquilo que Olinda tem de mais precioso: seu povo, a cultura e a vida da cidade.