Algumas doenças como catarata e glaucoma precisam de acompanhamento regular
Com o isolamento social devido à pandemia de Covid-19, muitas pessoas ficaram com dúvidas e medo de realizar consultas presenciais em centros médicos. No início da quarentena, a recomendação era que clínicas só atendessem a casos de urgência e pronto atendimento. Mas os especialistas alertam que a saúde não pode esperar e que muitos tratamentos comprometem a qualidade de vida e até mesmo a cura se foram paralisados. Com a recente flexibilização do acesso aos consultórios, as entidades médicas defendem que as consultas não devem mais ser adiadas e reforçam ainda que as cirurgias eletivas também estão liberadas.
“O momento pede cautela, responsabilidade e bom senso. O paciente deve conversar com o seu médico e, se uma consulta for necessária, deve se dirigir à clínica sem medo”, explica Alexandre Ventura, oftalmologista do Instituto de Olhos Fernando Ventura (IOFV). No final de maio, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) preparou um documento com os quesitos necessários para a segurança dos profissionais, equipes de atendimento e do paciente na retomada das atividades eletivas oftalmológicas.
No IOFV, as medidas de segurança recomendadas pela OMS já estavam sendo adotadas desde abril, quando estava aberto apenas para urgências. Com a reabertura, as regras continuam: diminuição do número de cadeiras para mais espaçamento, atendimento de apenas um paciente a cada 30 minutos, álcool em gel na entrada, máscaras para pacientes, medição da temperatura, anteparos de acrílico para minimizar contatos na hora do exame.
“Algumas doenças como catarata, glaucoma, retinopatia diabética e outras condições precisam de acompanhamento regular com o oftalmologista. Não devemos deixar que o medo de sair de casa paralise os exames necessários”, reforça Alexandre.