Foto: Morgana Narjara

Projeto “Corpoluz Germinar para Florestar”, da iluminadora cênica e artista da dança Natalie Revorêdo, acontecerá entre os dias 12 de agosto e 18 de setembro no Espaço Cênicas, com inscrições abertas

Artistas da dança, em especial coreógrafas, bailarinas e atrizes, já podem se inscrever para o processo seletivo da oficina “Corpoluz Germinar para Florestar – Ramificando Narrativas como Dramaturgia Cênica Coletiva”, promovida pela iluminadora cênica e artista da dança Natalie Revorêdo. Os encontros acontecerão no Espaço Cênicas, no Bairro do Recife, entre os dias 12 de agosto e 18 de setembro, sempre nas segundas e quartas-feiras. A oficina culminará em um experimento cênico de dança a ser apresentado no Teatro Marco Camarotti, Sesc de Santo Amaro, nos dias 28 e 29 de setembro, com ingressos por R$ 10 (inteira), ou absorventes, a serem revertidos doados para uma instituição que atende mulheres em situação de violência. Ao todo são 30 vagas e as inscrições podem ser realizadas através de link na bio do Instagram @natalierevoredo. O projeto tem incentivo do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura-PE).

Cinco artistas da dança, do canto e da performance facilitarão, cada uma, um dia de oficina com o grupo selecionado, partilhando suas vivências e seus processos investigativos para a criação de obras cênicas nas diferentes áreas da dança e da performance, propondo técnicas, estímulos e exercícios corporais. A iluminadora cênica Natalie Revorêdo estará presente em todos os encontros da formação para as artistas, facilitando a integração entre o corpo em cena e a iluminação como elementos vivos e complementares na dramaturgia. Ao final dos encontros, o grupo de artistas, entre facilitadoras e alunas, terá concebido uma obra artística em dança, onde cada uma estará em cena ou na técnica, seja no palco, na trilha sonora, no figurino, na iluminação ou em outros espaços criativos que compõem o espetáculo.

Nos dias 12, 14, 21 e 28 de agosto, e 04, 11 e 18 de setembro, os encontros serão facilitados por Natalie Revorêdo; no dia 19 de agosto, por Briê Silva; no dia 26 de agosto será a vez de Flaira Ferro; no dia 02 de setembro com Surama Ramos; no dia 09 de setembro com Sandra Rino; e no dia 16 de setembro, Lau Veríssimo conduzirá as dinâmicas do grupo.

“A ideia do projeto ‘Corpoluz’, que já está em sua segunda edição, é oferecer uma oficina de qualificação e aperfeiçoamento para fazedoras da dança, em especial coreógrafas, bailarinas e atrizes, apresentando a iluminação, as outras linguagens da cena, a dança e as narrativas pessoais e coletivas, como elementos que compõem a obra cênica com múltiplas possibilidades de potencializar o corpo para a cena e fora dela. Consideramos a estética escolhida para traçar a dramaturgia e a expressividade técnica artística da iluminação como ramificações de uma construção integrada, que visa, de forma holística, poder ampliar a visão criativa, profissional e política das participantes. Como processo de apoio nessa construção temos, ainda, o canto das danças, da arte-terapia, da educação somática e bioenergética, como conjunto que funciona dentro e fora da cena”, explica Natalie Revorêdo, iluminadora cênica, artista da dança e idealizadora da oficina “Corpoluz Germinar para Florestar – Ramificando Narrativas como Dramaturgia Cênica Coletiva”.

A qualificação visa lucidar conceitos técnicos e estéticos da luz em uma culminância artística. De que forma a luz reage, age e direciona os processos criativos como um todo, possibilitando às participantes interessadas um mergulho no processo da construção da iluminação cênica das obras. “Como a luz pode guiar o corpo que dança e visse versa, como o corpo que dança pode gerar estímulos a partir da estética da luz. Além disso, propomos gerar discussões e práticas para que o grupo possa vivenciar as diferenças entre si como potência para criações futuras, estimulando o cuidado, o autocuidado e a rede de apoio entre mulheres distintas”, complementa Revorêdo.

Sobre a oficina de Natalie Revorêdo – A iluminadora cênica irá lucidar e acender as luzes em prol de um olhar mais desperto, de um olhar mais atento para com a iluminação em movimento na cena. Essa iluminação que dança, que toca e que canta. Os encontros possibilitarão um mergulho no processo de despertar o olhar das participantes para a cena, para o todo, para o organismo vivo que compõe aquela cena e que se mantém com sua importância, que dilata tempo, que revela, que conta história, assim como as outras linguagens também do espetáculo. Todo elemento visual compõe e conta algo na dramaturgia cênica. A oficina de iluminação cênica é uma busca pela dramaturgia da cena com foco na luz, na dramaturgia da luz. Um olhar mais atento para essa costura que a luz tece em uma obra artística.

Sobre a oficina de Briê Silva – A vivência “Querida pelve”, criada pela artista Briê Silva, mergulha profundamente no movimento pélvico através da dança, onde o corpo se transforma em um instigante campo de conhecimento. Uma ligação intrínseca com a sustentação da vida a partir de uma vivência dançante ritualística e aconchegante. Desmembrando padrões e estereótipos que foram e continuam sendo impostos em nossas diversas formas de existir no mundo, vamos rebolar, ficar de quatro, abrir os poros para outras formas e posições de perceber a vida, com uma pelve solta e livre.

Sobre a oficina de Flaira Ferro – “Íntima canção” é uma vivência para treinar a composição poética através do corpo, da palavra falada e da voz cantada. Através de exercícios de escuta e auto-observação com música, dança e poesia, iremos treinar um olhar generoso e disponível para a arte que quer se expressar em nós. Aprender a se ouvir, perceber e identificar as próprias necessidades pelo viés artístico é o principal objetivo do trabalho. Estimular o potencial criativo e regenerador da vida. Como diz a poeta e filósofa Viviane Mosé, “a maioria das doenças que as pessoas têm são poemas presos”. Escrever poesia e exercitar compor sons e melodias ajuda a subverter algumas lógicas de pensamento e comportamento. A vivência propõe a construção de um percurso íntimo para acessar emoções, identificar sentimentos, traduzir em poesia e expressar melodias com a voz. Vamos poetizar o corpo, ouvir música e fazer canções.

Sobre a oficina de Sandra Rino – A vivência livre “O despertar da essência – Reconectando-se com sua própria natureza” traz a dança como caminho para voltar a se conectar com a sua verdade, a sua essência. Um mover-se lúdico, que combina dança, movimento consciente, escuta do corpo e das emoções, expressão livre, ferramentas artísticas e terapêuticas. Vamos trabalhar os nossos sentidos, a nossa respiração, o mover-se com segurança, liberdade, acolhimento e amorosidade. Por meio da dança podemos liberar falsos conceitos, máscaras sobre nós mesmos. Dançando devolvemos um ritmo próprio à vida. O movimento é cura, e colocando o corpo e a psiquê em movimento curamos e revitalizamos a nós mesmos. Dançar juntas também nos traz a possibilidade de criar um mundo mais humanizado, criativo e alegre, entrando em contato com o “eu” mais profundo e mais sábio, integrado em sua unidade e fortalecido no coletivo, nessa incrível festa que é a vida.

Sobre a oficina Lau Veríssimo – Tendo como guia a pesquisa e a poética do grupo Totem, partindo de matrizes mitológicas pessoais, a oficina “Ritoluz” será essencialmente uma vivência ritualística, passando por experimentos de criação performática, como as mandalas de energia corporal, ritualização e autopoiesis, com a proposta de fazer emergir das participantes, energias arquetípicas e personas iluminadas. Para tal experimento, o corpo será tomado como o motor da obra, principal vetor de conhecimento e criação.

SERVIÇO:
Aulas:
Datas: segundas e quartas-feiras do dia 12 de agosto a 18 de setembro
Horário: 14h às 18h
Local: Espaço Cênicas, Bairro do Recife
Vagas: 30
Critério para seleção: mulheres artistas
Inscrições: link na bio do Instagram @natalie.revoredo
Culminância artística com apresentação de espetáculo:
Datas: 28 e 29 de setembro
Horário: 20h
Local: Teatro Marco Camarotti, Sesc de Santo Amaro
Ingressos: R$ 10 (inteira), ou absorventes, com renda a ser revertida para uma instituição que atende mulheres em situação de violência.

FICHA TÉCNICA:
Idealização, facilitação e coordenação geral: Natalie Revorêdo
Produção Executiva: Danilo Carias
Produção: Natasha diSantiago e Camila Martins Ribeiro
Iluminação: Aurora Jamelo
Fotos e vídeos: Morgana Narjara
Facilitadoras: Briê Silva, Flaira ferro, Surama Ramos, Sandra Rino, Lau Verissimo Pesquisadores: Domingos Júnior e Orun Santana
Assessoria de imprensa: Dea Almeida (Alcateia Comunicação e Cultura)
Design: Priscila avelin