No Nordeste, Pernambuco e Bahia lideram com 6,62% e 5,48% de estudantes indígenas, respectivamente, de um total de 46 mil em todo o País

Segundo um levantamento do feito neste primeiro semestre de 2023 pelo Instituto Semesp, entidade que representa mantenedoras de ensino superior do Brasil, a participação de povos indígenas no ensino superior brasileiro aumentou 374% entre os anos 2011 e 2021, enquanto o crescimento dessas populações no país foi de 66%.

O salto nas matrículas de descendentes de povos originários foi de 374%, entre 2011 e 2021, sendo a rede privada responsável por 63,7% desses estudantes e a modalidade presencial por 70,8%. Em 2021, havia pouco mais de 46 mil alunos que se consideram indígenas, o que representa 0,5% do total de alunos no ensino superior. O Semesp considerou as bases de dados do Censo Demográfico 2010 e do balanço do Censo 2022, do IBGE, e também do Censo da Educação Superior, do Inep.

Segundo o doutor em educação e contemporaneidade e docente de Pedagogia da Unime Anhanguera, Ivandilson Miranda Silva, que é autodeclarado indígena, esse cenário se faz importante porque além de integrar o conjunto da sociedade, potencializa a produção e a troca de saberes. “É preciso reconhecer a contribuição dos povos originários para a formação da sociedade brasileira e oportunizar espaços é reconhecimento desse potencial, desse Brasil profundo que nasce com os povos originários. Mais espaço significa, também, mais respeito”, analisa.

De acordo com os dados, em 2010, havia no Brasil 896 mil pessoas que se declaravam ou se consideravam indígenas, das quais, 572 mil (63,8%) viviam na área rural e 325 mil (36,2%), na área urbana. Em 2022, essa população saltou para mais de 1,6 milhão, conforme balanço parcial do Censo 2022, mostrando um aumento de 66%.

“Povos Originários são os primeiros habitantes que aqui estavam quando chegaram os europeus em 1500. No Brasil, os povos originários são os indígenas que se dividiam em quatro grupos conhecidos como: tupi, jê, aruaque e caraíba. É estimado um número entre um e cinco milhões de indígenas quando os portugueses chegaram. Hoje, segundo o Censo de 2022, aproximadamente 0,8% da população do Brasil, são 1 652 876 de indígenas. Houve, a meu ver, um massacre étnico-cultural e humanitário com a população originária e esse cenário de crescimento no ensino superior deve ser visto com uma perspectiva positiva para o nosso desenvolvimento social e, é claro, dos povos originários”, argumenta Ivandilson.

O levantamento registrou também que 55,6% dos alunos indígenas são do sexo feminino, embora a presença masculina seja predominante dentro das Terras Indígenas (51,6%).

Confira os percentuais de estudantes indígenas no Nordeste a partir desse total de 46 mil em todo o País:

  • Bahia: 5,48% – 2.520
  • Maranhão: 2,53% – 1.163
  • Alagoas: 2,5 – 1.150
  • Ceará: 4,18% – 1.922
  • Paraíba: 3,42% – 1.573
  • Pernambuco: 6,62% – 3.045
  • Piauí: 2,49% – 1.145
  • Sergipe: 1% – 460
  • Rio Grande do Norte: 0,93% – 427

Dr. Ivandilson Miranda Silva: Graduado em Filosofia Pela Universidade Católica do Salvador (UCSAL), Especialista em Metodologia do Ensino, Pesquisa e Extensão em Educação Pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Especialista em Psicanálise pela Universidade Pitágoras Unopar Anhanguera, Mestre em Cultura e Sociedade pelo Instituto de Humanidades, Artes e Ciências professor Milton Santos (IHAC-UFBA), Doutor em Educação e Contemporaneidade pela UNEB, Professor de Humanidades na Anhanguera Unime Salvador.

Sobre a Anhanguera

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Além disso, a instituição presta inúmeros serviços à população por meio das Clínicas-Escola, na área de Saúde e Núcleos de Práticas Jurídicas. A Anhanguera tem em seu DNA a preocupação em compartilhar conhecimentos com toda a sociedade a fim de impactar positivamente as comunidades ao entorno das instituições de ensino. Para isso, conta com o envolvimento de seus alunos e colaboradores a partir de competências alinhadas às práticas de aprendizagem e que contribuem para o desenvolvimento do País.

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