O coração não fica só no peito. O que ele realiza passeia por todo o organismo e, para dar conta de atender a demanda de um corpo adulto, o coração precisa bater de 60 a 100 vezes por minuto. Assim, os sintomas que indicam algum problema de coração podem ser manifestados em várias partes e vão muito além da dor no peito e da falta de ar. Diante desse quadro, especialistas alertam para o perigo da morte súbita, conhecida por morte repentina ou inesperada, em pessoas vítimas de parada cardíaca, por desconhecimento de ser portador de doença precipitante.
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC), a morte súbita é responsável por 320.000 mortes, por ano, no Brasil. Caso a pessoa sobreviva é chamada de Morte Súbita Abortada. Normalmente, é predominante em pacientes do sexo masculino, sendo que 50% falecem antes de atendimento médico. A idade crítica é até os 6 anos e a partir dos 35 anos, sendo responsável por 12 a 32% das mortes naturais. “Devemos ter atenção para fatores de risco como o fato de ter mais de dois casos de mortes súbitas na família, múltiplos infartos, síncope, sobreviventes de parada cardíaca e arritmias cardíacas complexas”, alerta a cardiologista e hemodinamicista, Dra. Tieta Albanez.
Com isso, a rápida desfibrilação e o suporte básico de vida podem aumentar a taxa de sobrevida em longo prazo. Cidades onde o acesso aos desfibriladores ocorre no período cinco a sete minutos, a sobrevida após uma parada cardíaca é maior do que 49%. Em 1992 o American Heart Association criou o conceito de “corrente de sobrevida”, que é uma sequência de medidas ordenadas e encadeadas que devem ser tomadas no atendimento de uma parada cardiorrespiratória. A parada cardíaca ocorre de forma súbita e dramática.
Em adultos, a principal causa é a doença arterial coronária, sendo a fibrilação ventricular, arritmia de risco, o mecanismo deflagrador. Entre jovens, a liberação de adrenalina durante a prática de atividade física associada à anomalias cardíacas – ou até mesmo ao uso indevido de drogas ilegais -, é o fator desencadeante de distúrbios do ritmo cardíaco, tais como fibrilação ventricular, levando à parada cardíaca.
“A função cerebral começa a se comprometer após quatro a seis minutos da parada cardíaca. O ritmo da parada é importante e pode ser detectado por meio do DEA – desfib externo automático -, encontrado em locais com grande fluxo de pessoas. O DEA consegue detectar o ritmo e avaliar se pode dar o choque para reversão da parada. Esse procedimento pode ser realizado por pessoas que não sejam médicas, sempre lembrando de retornar a massagem cardíaca após o choque. A sobrevida é reduzida em sete a 10% a cada minuto após uma parada cardíaca. Poucas tentativas de ressuscitação têm êxito após 10 minutos. A morte por parada cardíaca não é inevitável”, conclui, acrescentando que o exame preventivo rigoroso pode reduzir risco de morte súbita por problemas cardíacos.
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