Escalabilidade, preço e prazo estão levando varejistas para as grandes plataformas digitais. “É impossível concorrer”, afirma especialista
Não é novidade que a pandemia acelerou algumas mudanças no comportamento do mercado. Entre elas, está o aumento expressivo das vendas on-line. Somente no Brasil, de acordo com dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), em 2020, 150 mil lojas começaram a comercializar produtos e serviços pela internet, ultrapassando 301 milhões de negócios fechados. Esses números apontam que, com as restrições impostas pela Covid-19, os pequenos e médios empreendedores precisaram se adaptar para sobreviver. Alguns negócios, inclusive, passaram a existir exclusivamente nas plataformas digitais.
Reduzir preços e prazos sem perder qualidade é um desafio para os pequenos e médios empreendedores. Isso porque, à medida que o e-commerce cresce, as demandas aumentam. Sem contar que, cada vez mais, o consumidor deseja uma experiência personalizada. Segundo Antonio Wrobleski, presidente do Conselho de Administração da Pathfind, a saída para a maior parte dos pequenos varejistas foi se juntar às grandes empresas. “Acessar, aderir e vender nos marketplaces é muito fácil e essa foi a maneira que o varejo encontrou para se manter no mercado”, avalia.
Ainda segundo ele, os grandes varejistas adotam sistemas de escalabilidade impossíveis de serem adotados sem que sejam feitos grandes investimentos em logística: “Os pequenos negócios não conseguem digitalizar todo o processo porque eles simplesmente não têm dinheiro para isso”, avalia. Um exemplo é a parceria fechada recentemente entre a Gol Linhas Aéreas e a Uber, cujo objetivo é conectar todas as regiões do Brasil sem que o consumidor precise sair de casa para enviar ou receber uma encomenda. “Não se aceita mais, por exemplo, oferecer dois dias de entrega da capital para o interior. O cliente quer receber a compra em um dia. Os grandes buscaram escala e por isso conseguem fazer dessa forma e oferecer aos pequenos”, afirma Wrobleski.
O profissional afirma ainda que, graças à grande concorrência existente na internet, os pequenos e médios empresários tiveram que mudar seu mindset para vender: “A pandemia forçou o comerciante a adotar uma postura mais ativa, sair de trás do balcão e encontrar maneiras diferentes de realizar suas vendas. Os grandes marketplacesoferecem escalabilidade, preço e prazo. É impossível concorrer com isso e, então, o jeito foi se juntar a eles. Hoje, se você não tem acesso à tecnologia, você não tem acesso a nada”.
Sobre Antonio Wrobleski
Antonio Wrobleski é presidente do Conselho de Administração da Pathfind. Engenheiro, com MBA na NYU (New York University), também faz parte do Conselho da BBM Logística e e sócio da Awro Logística e Participações. Ele foi presidente da Ryder no Brasil de 1996 até 2008, em 2009 montou a AWRO Logistica e Participações, com foco em M&A e consolidação de plataformas no Brasil. Foi Country Manager na DHL e Diretor Executivo na Hertz. O trabalho de Antonio Wrobleski tem exposição muito grande no mercado Internacional, com trabalhos em mais de 15 países tanto no trade de importação como de exportação. Além disso, ele é faixa preta em Jiu-jítsu, há 13 anos, e pratica o esporte há 30 anos.
Sobre a Pathfind
A Pathfind é uma empresa brasileira de software para a cadeia logística com especialização em ferramentas de roteirização e otimização inteligente de distribuição de cargas. A demanda por mais inteligência na distribuição de cargas com o aquecimento do e-commerce impulsionou os negócios da Pathfind, que oferece tecnologia para otimização dinâmica das rotas. Desde março, a carteira de clientes cresceu 40% acima do esperado e a previsão de crescimento para 2020, feita em janeiro, dobrou. Atualmente, a empresa atende a mais de 400 clientes, entre eles FedEx, DHL, Votorantim Cimentos, Nestlé e Heineken.
Website: http://www.pathfind.com.br