Mariza. Amália. Fado. A artista portuguesa anuncia o novo projeto da carreira “Mariza Canta Amália”, previsto para o próximo dia 20 de novembro. Pela primeira vez, Mariza lança uma obra dedicada à Amália Rodrigues, e, para aquecer o público, divulga em todas as plataformas digitais “Lágrima”, primeiro single do projeto.
Não existem duas vozes como essas. A falecida Amália Rodrigues, Rainha do Fado, cantora única entre as maiores vozes da música popular do século 20 como Piaf, Sinatra, Ella, Oum Kalthoum. Mariza, a jovem cantora que ajudou a trazer o Fado ao século 21. Duas das maiores e mais influentes estilistas do Fado, ex-libris da música popular Portuguesa, patrimônio cultural mundial.
Duas artistas que têm muito em comum, além das origens. Mariza fez audiências globais se apaixonarem por ela como apenas Amália tinha feito nos anos 50 e 60, com residências em locais lendários como o Paris Olympia ou o Carnegie Hall. Por meio de aclamadas gravações e colaborações inesperadas, Mariza expandiu o que o Fado poderia ser – assim como Amália fez nos anos 60 e 70. Mariza se tornou embaixadora da música portuguesa no séculos 21 como apenas Amália foi capaz no século 20.
Duas vozes que sempre pareceram destinadas a se encontrar. Desde cedo, Mariza sempre cantou peças do repertório de Amália, no palco ou em estúdio – é quase um rito de passagem para qualquer Fadista que se preze.
Mas nunca antes Mariza deu o passo de gravar um álbum inteiro de clássicos da Amália. Agora é a hora: em 2020, vigésimo aniversário da carreira de Mariza, o centenário do nascimento de Amália. “O melhor jeito que achei para prestar minha homenagem a Amália, e agradecê-la pelo legado e inspiração que ela nos deu”, disse Mariza. Já faz muito tempo, mas agora está aqui: “Mariza canta Amália”. Dez clássicos de Amália reinventados para o século 21, com alma intacta, identidade inconfundíveis, estilos inesperados.
“Mariza canta Amália”, com acompanhamentos tradicionais de guitarras portuguesas acústicas, mas, especialmente, e, acima de tudo, com a orquestra – um “escândalo” que puristas não aprovaram quando Amália o fez pela primeira vez nos anos 40, mas que abriu novas possibilidades emocionais para a música popular portuguesa.
Para esse novo álbum, Mariza convidou um velho amigo – o músico e produtor brasileiro Jaques Morelenbaum, cúmplice regular de Ryuichi Sakamoto e Caetano Veloso. Morelenbaum produziu o álbum triplo-platina de Mariza de 2005 Transparente; aqui, ele cria uma sedutora, inspirada série de arranjos orquestrais, simultaneamente clássicos e inovadores, que permitem a Mariza mergulhar em canções que todos pensamos conhecer e torná-las novas, frescas, arrebatadoras.
Mariza talvez tenha performado ao redor do mundo, tenha álbuns multi-platina que chegaram ao topo das paradas em todo o globo, tenha recebido infinitos prêmios de prestígio – mas no estúdio, cara a cara com padrões que definiram o Fado para audiências globais, Mariza está começando do zero. Ela gravou Amália antes, mas nunca desse jeito, nunca com essa sabedoria, essa experiência, esse poder de interpretação. Agora foi o momento experimentar grandes clássicos de Amália: “Gaivota”, “Estranha Forma de Vida”, “Com que Voz”, “Fado Português”, “Povo que Lavas no Rio”, “Foi Deus”. Dez ao todo, para um álbum que Mariza mais do que faz juz aos prêmios, sucesso, performances e assume o manto que apenas Amália usou antes: de embaixadora da música, cultura, talento.
Gravado entre Lisboa e Rio de Janeiro, “Mariza canta Amália”, como apenas Amália poderia ter feito, como apenas Mariza pode. É Fado? Sim e não. Acima de tudo, é uma combinação perfeita.