Se durante os 25 anos como vocalista da banda O Rappa, o público sempre chamou atenção pela fidelidade em todas as apresentações, na noite deste sábado (06) não poderia ser diferente. A estreia da carreira solo de Marcelo Falcão destacou o já conhecido: o amor por Recife e a reciprocidade dos fãs, que acompanharam cantando todas as músicas. O show de lançamento da turnê “Viver – mais leve que o ar” aconteceu no Classic Hall, no mesmo dia em que ele fez sua última apresentação ao lado da banda no ano de 2018, antes da separação. O line up do evento ainda contou com a banda Nação Zumbi e o rapper Hungria.
A convite de Falcão, a banda Nação Zumbi foi a primeira atração da noite. Com quase 30 anos de estrada, o grupo foi um dos precursores do movimento manguebeat. A abertura do show ficou por conta da música “Refazenda”, versão da canção de Gilberto Gil, que tem a linguagem e expressão dos integrantes da banda. No repertório, não poderia faltar “Foi de Amor”, “Um Sonho”, “Novas Auroras” e “A Melhor Hora da Praia”. A energia foi ao alto com canção “Quando a maré encher”, um clássico, que agitou o público.
Abrindo espaço também para o rap, o cantor Hungria foi chamado para compor a programação. Autor dos hits ‘Chovendo Inimigo’, ‘Beijo com Trap’ e ‘Coração de Aço’, o rapper foi recebido por gritos e aplausos. Para recordar grandes sucessos, fez uma homenagem a banda Charlie Brown Jr. com as músicas “Céu Azul” e “Meu Escritório é na Praia”. E para deixar o palco, escolheu que a mensagem ficasse por conta da música de Tim Maia: “Não quero dinheiro: só quero amar”.
Com a casa lotada, o cantor mais aguardado da noite, Marcelo Falcão, subiu ao palco ao som de “Hoje eu decidi”, uma de suas apostas neste novo momento da carreira. A turnê, que tem o mesmo nome do álbum, trouxe no repertório um mix das canções consagradas e os lançamentos que fazem parte do projeto “Viver – Mais leve que o ar”. Já na boca do público, as músicas inéditas “Viver”, “Eu Quero Ver o Mar”, “Ladrões” e “Diz aí”, fizeram o público vibrar.
Mostrando a mesma entrega e energia que sempre teve nos palcos, durante o show inteiro o cantor dançou e pulou. “Tinha que ser Recife”, disse Falcão, mostrando seu amor pela capital pernambucana e não escondendo a felicidade pelo retorno.
Demonstrando gratidão pelo legado da banda O Rappa, fez questão de deixar claro: “Tudo que eu devo na vida, eu devo ao Rappa. Não existiria Marcelo Falcão sem cantar músicas d’O Rappa”, comentou Falcão.. Assim, preparou um setlist que consagrava várias das canções de sucesso, como “Homem Amarelo”, “O Salto”, “Monstro Invisível” e “Rodo Cotidiano”. O ponto alto ficou por conta de “Pescador de Ilusões”, que levantou ainda mais o público.