Liderar equipes é um aprendizado constante. Envolve preparação e acolhimento para realização de uma gestão de pessoas inclusiva. Segundo Kwami Alfama, CEO da Tereos Amido & Adoçantes Brasil e um dos poucos CEOs negros no Brasil, primeiro é preciso aprender a se autoliderar, se conhecer, desenvolver a inteligência emocional para facilitar e guiar a equipe. O executivo ainda destaca que liderar com a finalidade de controlar as pessoas e penalizá-las por erros, é algo que deve mudar no mercado de trabalho.

Para isso, ele dá 5 dicas para começar a promover o modelo de liderança inclusiva.

Confira:

  1. Guie o time e o ajude a equilibrar a vida pessoal e profissional

Eu já fui um líder que não dava espaço para a equipe. Hoje, dou e percebo que nunca fui tão feliz, porque aprendi que não podemos controlar as pessoas. A missão da liderança é guiar e ajudar as pessoas a equilibrar a vida pessoal e profissional. O modelo de líder “chefe” apenas contribui para que a equipe trabalhe sob o medo e não consiga mostrar a sua criatividade e inovação.

  1. Construa espaços de segurança

Para ser um líder eficaz, é preciso criar um espaço de segurança e de diversidade a fim que as pessoas possam ser plenas no ambiente de trabalho. Isto quer dizer, dar espaço para que elas consigam mostrar o seu potencial e consigam ser elas mesmas. Se uma liderança não faz isso, ele precisa rever seus conceitos.

  1. Crie uma cultura de não penalização pelos erros

Muitos aprendizados profissionais podem vir do erro e não só dos acertos. Promover o acolhimento dos erros é tão importante quanto os acertos. Não é uma tarefa que se realiza rápido, por ter que mexer em crenças culturais da empresa, sociais ou de grande parte dos líderes. Porém, é preciso começar e naturalizar o erro como uma forma de aprendizado para entender que nenhuma pessoa é perfeita.

  1. Alinhe discurso com a prática

Uma das frases muito usadas no mundo corporativo é o Walk the Talk, algo como “o que você diz, você tem que fazer”, em tradução livre. De fato, é muito importante que as lideranças façam discursos de respeito e inclusão na equipe, porém não faz sentido elas falarem apenas e não colocarem tudo em prática. É preciso alinhar discursos e práticas para promover mudanças e inspirar as próximas lideranças.

  1. Tenha atitude para ações de diversidade e inclusão na equipe e empresa

Nada nos impede de construir e apoiar ações de Diversidade, Equidade e Inclusão nas organizações. Hoje, é perceptível que quando há o engajamento da liderança para a construção de ambientes mais plurais, esse processo torna a trajetória mais rápida e eficaz. É preciso, como liderança, ter atitude e ações afirmativas, principalmente para processos seletivos. Por exemplo, gestores têm autonomia para abertura de vagas afirmativas, o que é um ação essencial e não precisa partir apenas da área de Recursos Humanos (RH).