Quarta edição do festival acontece 09 de fevereiro na Fazenda Bem-Te-Vi


A mais cultuada banda da psicodelia pernambucana está de volta. Quarenta e cinco anos depois de seu emblemático disco de 1974, a ​AVE SANGRIA​ lança “Vendavais”, novo álbum de inéditas, no primeiro semestre deste ano. O primeiro single será lançado no Festival Guaiamum Treloso Rural, que acontece 09 de fevereiro na Fazenda Bem-Te-Vi, em Aldeia.


Quis o destino que a era digital trouxesse a Ave Sangria de volta à ativa. Redescobertos por uma novíssima geração, os integrantes originais ​MARCO POLO (voz, composições), ​ALMIR DE OLIVEIRA (voz, guitarra base, composições) e PAULO RAFAEL (guitarra solo e viola) se reuniram para traçar novos planos de vôo. Estimulado por uma série de shows realizados pela banda a partir de 2013, O trio revirou o baú do tempo e de lá saíram onze incríveis canções inéditas, compostas no período de 1972-1974.


As “novas” músicas mantém a proposta inicial da banda: unir o rock com ritmos nordestinos, mesclando a linguagem psicodélica com uma sonoridade contemporânea: “O repertório do novo álbum persegue as características recorrentes do grupo: do divertimento escrachado à morbidez de temas sombrios, da crítica social implacável ao mais delirante psicodelismo, da agressividade dos rocks pesados ao lirismo acústico das baladas” – diz Marco Polo.


Em sua atual formação, a Ave Sangria tem Marco Polo no vocal; Almir de Oliveira na guitarra base, violão e vocal; Paulo Rafael na guitarra solo e viola; Juliano Holanda no baixo e vocais; Gilu Amaral nas percussões e Júnior do Jarro na bateria e vocais.
O Festival Guaiamum Treloso Rural já anunciou ​Cordel do Fogo Encantado​, ​BK​, MC Carol​, ​Jaloo​ com a participação de ​MC Tha​, ​Luisa e os Alquimistas​, ​Carne Doce​, ​Escurinho​, ​Marrakesh​, ​My Magical Glowing Lens​ e ​Ana Frango Elétrico. Ingressos já estão à venda pela ​Sympla.

Histórico – ​Inicialmente integrada por Marco Polo (vocal), Ivinho (guitarra solo), Paulo Rafael (guitarra base), Almir de Oliveira (baixo), Agrício “Juliano” Noya (percussão) e Israel Semente (bateria), a banda começou com o nome Tamarineira Village, uma alusão ao Greenwich Village de Nova York, à Vila dos Comerciários, onde a maioria dos músicos morava, e ao bairro da Tamarineira onde ficava o Hospital da Tamarineira, versão pernambucana do Hospital Pinel, do Rio.


Seu nome foi mudado por sugestão de uma cigana que os músicos conheceram numa estrada no interior da Paraíba, que os chamou de “um bando de aves sangrias”. Logo em seguida foi contratada pela gravadora carioca Continental, para lançar um disco com o nome do grupo.


Cerca de um mês e meio depois do lançamento, porém, o disco foi proibido pela Censura Federal da ditadura militar, sendo recolhido das lojas e das rádios, sob a alegação de que a música “Seu Waldir” ia “contra a moral e os bons costumes da sociedade pernambucana”.


Ainda assim a banda continuou no imaginário popular como criadora de um dos clássicos do movimento underground recifense, ao lado de “Paebiru”, de Zé Ramalho e Lula Côrtes, “No sub-reino dos metazoários”, de Marconi Notaro, “Flaviola e o Bando do Sol”, de Flaviola (nome artístico de Flávio Lira) e “Satwa”, de Laílson e Lula Côrtes”.

Depois de um longo período afastada dos palcos, a banda começou a ser redescoberta pela juventude em 2008, graças à internet, e voltou com tudo em 2014, com quatro de seus seis integrantes originais num show apoteótico (cujos ingressos se esgotaram no mesmo dia em que foram oferecidos ao público) no Teatro de Santa Isabel – mesmo palco onde, 40 anos antes, havia encerrado provisoriamente sua trajetória com o espetáculo Perfumes & Baratchos.
Daí por diante a carreira foi retomada com participações aclamadas de plateias formada por jovens na casa dos 20 anos, cantando junto todas as letras das músicas do show, em apresentações consagradoras no Sesc Belenzinho e na Virada Cultural, em São Paulo, no Centro Cultural Dragão do Mar, no Ceará, ou no Festival Psicodália, em Santa Catarina.

Ingresso verde – ​Umas das novidades do festival para 2019 é a criação do ingresso verde ​que dá desconto no ingresso inteira e​ parte da bilheteria arrecadada será doada para gerar uma contrapartida ambiental permanente que será implementada ao longo das semanas pós-evento. Com a consultoria de Zenaide Nunes Magalhães, arquiteta urbanista e vice presidente da Rede Brasileira de Jardins

Botânicos, e Eduardo Lins, biólogo experiente em licenciamento ambiental e em elaboração de planos de manejo, o festival irá implementar um bosque com espécies arbóreas nativas da região dentro da Comunidade do Rachão, em Aldeia. “O bosque terá o nome de Mr. Fryer, em homenagem a John Fryer, que fundou em 1978 a Escola Internacional de Aldeia (EIA), uma escola que tem uma educação mais humanizada participativa e integrada a família e a comunidade, envolvendo valores culturais, ambientais e éticos”, conta Felipe Cabral, criador do festival.

https://www.guaiamumtreloso.com/
Guaiamum Treloso Rural 2019

Local: ​Fazenda Bem-Te-Vi – Estrada de Aldeia, km 13, Camaragibe – PE

Horário: ​A partir das 14h

Ingressos LIMITADOS: ​3o Lote: R$60,00 (meia), R$85,00 (Ingresso verde) e R$120,00 (inteira)

Ingressos Expresso Treloso: ​R$20,00 – Shopping Plaza, Shopping Recife e Shopping Tacaruna
Link para compra online: https://www.sympla.com.br/guaiamum-treloso-rural-2019__341009

A entrada de maiores de 18 anos é liberada com a apresentação da ​carteira de identidade ou documento oficial com foto.

Já os maiores de 16 e menores de 18 anos, é necessária a autorização conforme modelo (LINK) assinada e reconhecida a firma em cartório por pais ou responsável legal. Os menores de 16 anos só entrarão acompanhados pelos pais ou responsável.