A música “Eu sou de luz, eu sou amor” é de autoria do cantor e compositor Nando Cordel, pai da cantora, e traz uma mensagem de esperança e superação
Com 18 anos de carreira, a cantora Felicidade Cordellança o single “Eu sou de luz, eu sou amor”, nessa sexta-feira, dia 22 de setembro, em todas as plataformas digitais. A música também ganhou um clipe que será lançado, no mesmo dia, no YouTube da cantora.
Apesar do seu nome, Felicidade Cordel passou por um processo de depressão nos últimos anos. Portadora de Esclerose Múltipla, a cantora também foi diagnosticada com depressão, em 2019. No início de 2020, por orientação médica, a cantora pediu demissão do emprego, e em seguida, a pandemia do corona vírus paralisou o mundo. “Voltei a morar com meus pais logo quando começou a pandemia e, pra mim, foi de máxima importância receber o apoio diário da minha família. Meu pai todas as noites me acalmava e dizia que tudo ia dar certo. Tive muitas crises de ansiedade e uma dor que eu desconhecia”, relembra.
Essa aproximação com a família, segundo a cantora, foi essencial para que ela pudesse novamente se reconectar com a sua essência. “Tive muito apoio dos meus amigos, família e da minha rede de afeto. Também voltei o meu foco e a minha energia para trabalhar profundamente a minha espiritualidade. Mas sei que essa, infelizmente não é a realidade de muita gente. Depressão não é frescura nem falta de Deus. É uma doença e que deve ser tratada como tal, com acompanhamento psiquiátrico e psicológico. Devemos estar sempre atentos aos sinais”, diz.
Durante esse processo, Felicidade diz que seu pai, um dia, a chamou no estúdio que mantém em casa, e apresentou a música a ela. “Parecia que eu tinha escrito a canção, pois tudo o que eu queria falar sobre depressão, ansiedade, tristeza e angústia estava ali, no papel, traduzido em palavras, da forma mais bonita, pelo meu pai. Mas a música exalta sentimentos super valiosos e importantes como o amor, a fé, a superação e a esperança”.
Felicidade Cordel conta que o mês de setembro foi escolhido pala o lançamento com o intuito de ajudar a campanha Setembro Amarelo, dedicada à prevenção ao suicídio. Segundo dados da Secretaria de Vigilância em Saúde, divulgado pelo Ministério da Saúde, em setembro de 2022, entre 2016 e 2021 houve um aumento de 49,3% nas taxas de mortalidade de adolescentes de 15 a 19 anos, chegando a 6,6 por 100 mil, e de 45% entre adolescentes de 10 a 14 anos, chegando a 1,33 por 100 mil.
As taxas variam entre países, regiões e entre homens e mulheres. No Brasil, 12,6% por cada 100 mil homens em comparação com 5,4% por cada 100 mil mulheres, morrem devido ao suicídio. As taxas entre os homens são geralmente mais altas em países de alta renda (16,6% por 100 mil). Para as mulheres, as taxas de suicídio mais altas são encontradas em países de baixa e média renda (7,1% por 100 mil).