Psicóloga destaca doenças que são associadas ao estresse e os impactos causados em pessoas idosas
O estresse é uma resposta fisiológica e psicológica do organismo a situações que exigem adaptação ou superação. Mesmo considerando que seja um comportamento que afeta milhares de pessoas em todo o mundo, o estresse se manifesta de várias maneiras e pode se manifestar de forma diferente nas faixas etárias, crianças, jovens, adultos e idosos. Dentre os diversos sintomas que podem ser manifestados estão: a irritabilidade, queda de cabelo, sensação de angústia e tristeza, problemas digestivos, tensão muscular, dentre outros.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 90% da população mundial está estressada. Em pessoas idosas o estresse aparece de modo bastante peculiar com sintomas variados e características específicas daqueles que são observados em outras faixas etárias, é o que explica a psicóloga e professora do Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG), Cynthia Andressa. “Associado a isso, durante o processo de envelhecimento, o corpo passa por mudanças que pode afetar a capacidade do indivíduo para lidar com tensões emocionais e físicas, tornando a população idosa um público mais vulnerável a complicações de saúde física e mental decorrentes do estresse crônico”.
“O estresse está associado a uma atividade inflamatória. Durante o envelhecimento ocorre um aumento gradativo dessa atividade inflamatória sistêmica. De acordo com algumas pesquisas realizadas, esse processo pode desencadear doenças neurodegenerativas, metabólicas e câncer. Junto a isso, também, pode ocorrer o aumento da inflamação ligado ao estresse, acentuando os transtornos de humor”, destaca Cynthia.
Logo, manter a qualidade de vida durante todo o processo de envelhecimento, requer cuidados com a saúde física, mental e psicológica, os quais vão proporcionar um envelhecer saudável. Por isso, as estratégias de prevenção e tratamento para o estresse devem ser adotadas de forma individualizada, respeitando as peculiaridades de cada pessoa, uma vez que as causas das situações estressoras são multifatoriais, podendo variar de acordo como o contexto ao qual o indivíduo está inserido, independentemente da idade que ele possua.