Conhecida popularmente como a ‘‘doença dos gatos’’, a esporotricose é uma micose causada por um fungo que habita na natureza e está presente no solo, palha, vegetais, espinhos e madeira. Além de atingir várias espécies de animais silvestres e domésticos, principalmente gatos e cachorros, a doença também pode acometer os seres humanos.
A transmissão mais comum da esporotricose é através dos felinos. Quando o ser humano tem o contato direto com o animal contaminado, por meio de arranhões, mordidas, contato com lesões na pele ou trato respiratório, essa pessoa pode contrair a esporotricose zoonócia. É válido lembrar que o gato não é o vilão. Na verdade, ele também é vítima da doença.
De acordo com o médico dermatologista Dr. Sérgio Paulo, da clínica Prontopele, os hábitos dos animais de lamber um ao outro, contribui para disseminar a doença. “Os felinos costumam se esfregar e lamber uns aos outros, e isso colabora para a disseminação da esporotricose – não só entre eles, mas também entre gatos e acabam por transmitir aos humanos”, explica.
Normalmente nos seres humanos a infecção é benigna e se limita apenas à pele, mas existem casos em que ela se espalha por meio da corrente sanguínea e atinge ossos e órgãos internos. O período de incubação do fungo no organismo pode levar de sete a 30 dias, podendo chegar até a seis meses após a infecção.
O Dr. Sérgio Paulo explica que a forma que os sintomas surgem na pele é semelhante a uma picada de inseto. ‘‘O mais frequente é que primeiro apresente um pequeno nódulo doloroso, muito parecido a uma picada de inseto. Ele pode ser na cor vermelha, na rosa ou na roxa; ser purulento ou não, e o mais corriqueiro é que apareça no dedo, na mão ou no braço em que o fungo entrou’’, conta.
O diagnóstico completo da esporotricose é conhecido através de exames complementares (exames micológicos, biópsias de pele) após a suspeita clínica da doença.
A Esporotricose não é considerada grave e tem cura. Contudo, seu tratamento deve ter início logo que descoberta. São poucos os registros de mortes em humanos. Eles são mais comuns em pessoas com a imunidade baixa, como alcoólatras, portadores de HIV, aquelas submetidas à quimioterapia para tratamento de câncer ou com doenças renais e diabetes.
O tratamento geralmente é curativo e o prognóstico é bom nos quadros cutâneo-localizados ou cutâneo-linfáticos. Ainda de acordo com o dermatologista, são utilizados medicamentos antifúngicos orais por um período médio de 3 a 6 meses, dependendo da forma clínica. Podem ficar cicatrizes no lugar das lesões tratadas.
PRONTOPELE
Com mais de 30 anos de atendimento, a Prontopele trabalha diariamente com cuidados com a pele e na emergência dos problemas dermatológicos. No Recife, são duas unidades:
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