Foto: Júnior Telles

A saga de Lampião e Maria Bonita será contada mais uma vez na Estação do Forró, em Serra Talhada. É que o espetáculo O Massacre de Angico – A Morte de Lampião, que retrata a história de vida do cangaceiro, seus amores e conflitos desde 2012, será encenado da próxima quarta-feira (24/07) até domingo (28/07), diariamente, sempre às 20h, no local. A entrada será gratuita em qualquer um dos cinco dias de apresentações.

A atriz Bruna Florie é quem estará no papel de Maria Bonita pela primeira vez, apresentando a sua perspectiva da personagem, nova e intensa. “A experiência de interpretar uma personagem tão forte como Maria Bonita tem sido um presente muito especial. Me permite pensar o território, o sertão pajeuzeiro, pela perspectiva do povo forte, que por aqui passou, e lutou pelo coletivo e pela justiça social. Considero-me uma espécie de ‘neocangaceira’ porque também, luto por igualdade social. Porém, nossas armas são: a educação, a arte e a cultura”, comentou Bruna.

Já o ator Karl Marx incorpora Lampião desde a primeira temporada. A sua experiência artística e o seu talento transbordam, encantando o público. A narrativa também será enriquecida com a participação de novos talentos tais como Otávio Alexandre e João Diniz interpretando os cangaceiros Zé Sereno e Luiz Pedro, respectivamente. O elenco ainda conta com Jean Magalhães interpretando Padre Cícero, Romualdo Freitas como Antônio Conselheiro, e a presença de atrizes e atores veteranos como Dany Feitosa, Anny Garnets, Sandino Lamarca, Feliciano Felix, Jadenilson Gomes e Carlos Sett, que têm sido pilares importantes do espetáculo desde a primeira edição.

De acordo com a presidente da Fundação Cultural Cabras de Lampião, Cleonice Maria, O Massacre de Angico – A Morte de Lampião apresenta uma visão humana do Rei do Cangaço e de Maria Bonita. “Trata-se de um Lampião diferente: mais gente, um Lampião com alma, que fala de morte sim, mas também de amor; que desafia o inimigo com um punhal, mas, ao clarão da lua sertaneja, declara-se poeticamente à mulher amada. Essa é a proposta do espetáculo”, explicou ela.

A peça, que traz um elenco de 30 atores, 70 figurantes e equipe técnica, é dirigida por Izaltino Caetano e escrita por Anildomá Willans de Souza, renomado pesquisador do Cangaço. O Massacre de Angico – A Morte de Lampião tem produção e realização da Fundação Cultural Cabras de Lampião e incentivo cultural do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura), através da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE), Governo de Pernambuco. O projeto tem como patrocínio oficial: Lei de Incentivo à Cultura, Banco do Nordeste, Empetur e Secretaria de Turismo e Lazer, Funarte, Ministério da Cultura e Governo Federal. Para mais informações, basta acessar: https://museudocangaco.com.br/massacre-de-angico/ ou o Instagram: @massacredeangico.

História – O espetáculo reconta a vida do Rei do Cangaço, Lampião, desde o desentendimento inicial de sua família com o vizinho fazendeiro, Zé Saturnino, ainda em Serra Talhada, até a sua morte. Na história, para evitar uma tragédia, o pai, Zé Ferreira, foge com os filhos para Alagoas, mas acaba sendo assassinado por vingança. Revoltados e querendo fazer justiça com as próprias mãos, Virgolino Ferreira da Silva e seus irmãos se entregam ao Cangaço, movimento que deixou políticos, coronéis e fazendeiros apavorados nas décadas de 1920 e 1930, no Nordeste. Temidos por uns e idolatrados por outros, os cangaceiros serviram como denunciantes das péssimas condições sociais da época.