Os olhos, as guelras e a pele são alguns dos pontos que devem ser observados na hora de escolher a proteína

Próximo à Páscoa, muitas pessoas vão aos mercados e feiras em busca de um dos pratos principais da festa, o peixe. Tradicionalmente consumido neste período, a escolha da proteína exige atenção por parte dos consumidores. Por isso, algumas dicas são essenciais para escolher peixe fresco no mercado, pois alguns comerciantes podem se utilizar de produtos para tentar passar uma sensação de frescor que não existe.

De acordo com a gastrônoma e professora do Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG), Ana Carol Marcovitch, é essencial observar certos sinais para garantir que o pescado está próprio para o consumo. “Os olhos do peixe devem estar brilhantes, salientes e translúcidos. As guelras devem ser vermelhas ou rosadas e estar úmidas. O cheiro é outro importante indicativo, deve ser suave com aroma de mar. A pele e escama também precisam ser brilhantes e úmidas, e as escamas bem aderidas ao corpo, sem sinais de ressecamento. A carne deve ser firme e elástica, ao pressionar não deve deixar marca de dedo. E, por fim, o armazenamento deve estar refrigerado ou sobre gelo”, orienta.

Outro ponto que costuma gerar dúvidas é a escolha entre o peixe inteiro ou em filé. Ambas as opções têm vantagens e desvantagens, como explica Ana. “O peixe inteiro tem a vantagem de ser mais fácil de avaliar a frescura, além de ser mais suculento, pois os ossos ajudam a manter a umidade e o sabor na hora do preparo. Já a desvantagem é que dá mais trabalho para limpar e preparar, pois pode ser necessário escamar e retirar vísceras. Além de exigir habilidades na cozinha para filetar ou cortar corretamente. O filé de peixe oferece a facilidade de estar pronto para uso, sem necessidade de limpeza ou preparo adicional. A desvantagem é de ser mais difícil avaliar a frescura, pois não dá para ver guelras e olhos. Pode ser mais caro, devido ao processamento já realizado”, destaca Ana.

Apesar dos cuidados técnicos na escolha, é inegável que o pescado é uma proteína saborosa, nutritiva e presente na mesa dos brasileiros durante todo o ano, não apenas na Páscoa. A nutricionista Renata Freire, também da UNIFG, destaca os benefícios nutricionais do alimento. “Temos os peixes de águas profundas que possuem maior quantidade de ômega-3, que além de serem protetores cardiovasculares são poderosos antioxidantes, temos o atum, a sardinha e o salmão selvagem. Os peixes são, em sua maioria, proteínas animais com menor teor de gordura, com exceção do salmão que possui uma carne mais gordurosa. Além disso, os peixes possuem ferro, zinco, vitamina E, cálcio e iodo”.

Renata conclui e esclarece a diferença entre pescados de água salgada e água doce. “Os peixes de água salgada possuem um sabor mais forte e um pouco mais salgado por estarem numa solução salina o tempo todo, já os peixes de rio são mais suaves e possuem um sabor característico mais terroso”.

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