A inclusão de crianças com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) no contexto escolar tem sido uma pauta cada vez mais debatida. A adaptação de métodos pedagógicos e a integração efetiva dessas crianças na rotina escolar são fatores que podem contribuir significativamente para o seu desenvolvimento e sucesso acadêmico.
Diante desse cenário, abordagens específicas e um ambiente de apoio se mostram cruciais no processo de crianças autistas, durante a volta às aulas. A inserção destas crianças beneficia não apenas o aprendizado acadêmico, mas também tem impactos positivos na socialização, autoestima e autonomia.
De acordo com Emanuela Freire, psicóloga da Clínica Ninho, destaca que a mudança de rotina pode ser desafiadora para a criança com autismo.
“É fundamental reconhecer que a volta às aulas pode ser desafiadora para crianças autistas. Os educadores devem ser informados sobre as particularidades de cada aluno, suas preferências e suas áreas de sensibilidade. Isso permitirá que adaptem as atividades de aprendizado e os métodos de ensino, proporcionando uma experiência mais positiva para todos”, explica.
A escola desempenha um papel vital, pois pode envolver a identificação de locais tranquilos para momentos de pausa, a redução de estímulos sensoriais excessivos e a sinalização visual que ajude as crianças a entenderem as expectativas e as rotinas diárias. Além disso, a equipe escolar deve se esforçar para construir uma relação de confiança com as crianças autistas, incentivando a comunicação aberta e a expressão de suas necessidades.
Ainda de acordo com a psicóloga, Emanuela Freire, a parceria entre a escola e a família da criança com TEA, é essencial para uma volta às aulas bem-sucedida. “A troca de informações entre os pais e educadores pode auxiliar na construção de estratégias eficazes para apoiar a criança tanto em casa quanto na escola. A escola pode buscar feedback constante dos pais para entender as necessidades em constante evolução da criança”, afirma.
“A escola deve se tornar um ambiente inclusivo, capaz de acomodar as diferentes necessidades das crianças autistas, enquanto os educadores devem estar prontos para adaptar suas abordagens e métodos de ensino. Com a colaboração entre escola, professores, pais e profissionais de saúde, é possível assegurar que cada criança autista tenha a oportunidade de prosperar e ter sucesso em seu ambiente educacional”, enfatiza Emanuela Freire.