Ansiedade, chegadas e partidas, separações e reconciliações, amores e desamores. Em seu segundo disco, o autoral Coisas da Geração, a banda mineira Lagum retrata um mosaico de sentimentos sob o olhar de uma nova geração. Formado por Pedro (vocal), Otávio (guitarrista), Chicão (baixista), Jorge (guitarrista) e Tio Wilson (baterista), o grupo traz para os novos tempos os relacionamentos frágeis, a hora de dizer adeus, a saudade, as reflexões sobre o cotidiano, as dúvidas sobre o mundo, a ansiedade, as dores de amor, temas tão universais a qualquer época.
Ouça o álbum: https://SMB.lnk.to/LagumCoisasDaGeracao
O vocalista Pedro Calais, também compositor da banda, conta que a canção “Coisa da Geração” foi determinante para amarrar o conceito deste novo álbum. “Sou só eu ou mais alguém também se sente estranho aqui/ Se eu pensasse um pouco menos talvez não seria assim/ Eu levo a vida até que normal, um dia seco outro sentimental”, ele canta logo no início da faixa.
“É uma era de muita informação e essa informação atinge a gente de uma maneira que a gente vê as coisas com um certo olhar que nossos avós não teriam. Por exemplo, a gente ama de um jeito diferente que nossos avós amaram, a gente deseja coisas que eles não desejavam. Então, quando essa música entrou no disco, ela abriu essa visão para a gente. São vários temas tratados, como amor, saudade, raiva, devaneios sobre a vida, ansiedade, tristeza. São temas tratados em todas as gerações, mas, neste disco especificamente, é a visão da nossa geração sobre todos esses temas”, diz Pedro.
“Detesto Despedidas” abre o disco no embalo do reggae, falando da relação de duas pessoas diferentes, mas que querem se manter juntas. Com uma levada pop, “Chegou de Manso” trata sobre os desencontros de um casal que se ama. A balada “Andar Sozinho”, com participação de cantor Jão, traz o desejo que a outra pessoa entre na sua vida. “Oi”, também aborda uma relação, neste caso uma conversa entre mãe e filho sobre a vontade de ter uma vida mais livre.
A dor de amor é tema também do reggae “Vai Doer no Peito”, e parece se conectar à faixa seguinte, “Reggae Bom”, como se uma fosse desdobramento da outra nessa narrativa. A balada “Se For Pra Ser” emenda em “Falando a Verdade”, cuja introdução lembra um violão à la Jorge Ben Jor. A canção “Lua” vem embalada num clima rap melody enquanto “Grato Um Tanto” ganha ares pop oitentista. A solar “Fale Mais”, a autobiográfica “Pedro” e a roqueira catártica “É Seu” completam as 14 faixas do disco Coisas da Geração, que tem produção de Paul Ralphes.
A diversidade sonora da banda Lagum é reflexo das múltiplas influências musicais de seus integrantes, de Charlie Brown Jr. a grupos australianos, passando por Beatles, MPB e rap. “São várias coisas misturadas, cada um da banda tem uma influência específica”, afirma Pedro.
Para acompanhar a estreia do novo álbum, a banda lança, nesta sexta-feira (14), o clipe da canção “Oi”. Com direção de Phill Medonça, da Clã Filmes, o vídeo, de tom leve, conversa com o tema da música de forma descontraída. Inspirado no filme “Quase Famosos”, em que o protagonista acompanha seus ídolos na estrada, o clipe de “Oi” mostra, de forma cômica, as situações inusitadas pelas quais uma banda passa ao longo da sua carreira – hotéis, frias, estradas intermináveis, composições. Ao mesmo tempo, é preciso dar notícias à família e aos entes queridos. O vídeo se desenvolve nesse sentido, mostrando as relações não só entre a banda, mas com as outras pessoas que fazem parte de suas vidas.
Assista: https://SMB.lnk.to/LagumClipeOi
Ouça: https://SMB.lnk.to/LagumOi
Com músicas que conversam entre si e se relacionam com a geração do Lagum, o disco tem um projeto conceitual bem definido. Para pensar os anseios de toda uma geração, a banda precisou se distanciar e olhar para o quadro de fora da moldura. É esse mote que permeia todo o conceito do álbum. A capa do disco traz a banda em uma perspectiva elevada, encarando a câmera de cima, se debruçando sobre um mundo de coisas a serem pensadas. Além disso, para cada faixa, eles produziram vídeos curtos verticais, filmados de cima, com duração de oito segundos, para ilustrar cada música – chamado de “canvas”, este é um recurso do Spotify, que será também adaptado para o YouTube no formato de lyric videos. Os vídeos de todas as faixas já estão disponíveis.
A trajetória
Com 5 anos de estrada, o Lagum nasceu em Belo Horizonte, Minas. Tudo começou por acaso, quando Pedro fez despretensiosamente uma música de sua autoria. O vídeo da canção começou a ter muitos compartilhamentos. “Um promoter de uma casa de shows em BH me mandou mensagem convidando para fazer um show lá, numa época em que rolava muito cover, a música autoral de banda não estava rolando”, lembra o vocalista. “Então, montei a banda com as pessoas que eu conhecia, que moravam perto de mim, que eram meus amigos de infância, e a gente montou a banda para fazer esse primeiro show.”
A apresentação lotou, e o nome da banda passou a circular entre os promotores de evento da cidade. Em 2016, lançou o primeiro disco, mas foi com o sucesso do single Deixa, gravado em parceria com Ana Gabriela, em 2018, que eles ganharam visibilidade para além de BH. “Com Deixa, conseguimos projeção grande, não só no single, mas com o nome da banda. A gente ficou mais conhecido, mas já tínhamos um trabalho bem sólido.”
Mesmo com o pouco tempo de banda, o grupo cresce não só nos números das redes sociais e plataformas de streaming, como também no número de shows. A turnê “Coisas da Geração” já conta com parada internacional, em Portugal, além de passarem por mais de 30 cidades pelo Brasil. São figuras constantes em grandes festivais como Planeta Brasil, 3R, entre outros. E estão ganhando destaque em programas de televisão, já tendo participado três vezes do ‘Só Toca Top’ e uma vez no ‘Encontro Com Fátima Bernardes’, ambos da Rede Globo.
Alguns números:
YouTube:
Deixa – +de 9 milhões de visualizações somando todas as versões
Bem Melhor – +de 8.7 milhões de visualizações somando todas as versões
Eu Não Valho Nada – +de 5.7 milhões de visualizações somando todas as versões
Não Vou Mentir – +de 5.5 milhões de visualizações somando todas as versões
Detesto Despedidas (já do novo álbum) – +de 2 milhões de visualizações somando todas as versões
Spotify:
3 milhões de ouvintes mensais
Deixa – +de 50 milhões de streams
A Gente Nunca Conversou – +de 9 milhões de streams
Eu Não Valho Nada – +8.8 milhões de streams
Bem Melhor – +de 7 milhões de streams
Não Vou Mentir – +6.7 milhões de streams
Detesto Despedidas (já do novo álbum) – +1.6 milhões de streams