Intitulado “Atiça”, registro traz 5 músicas que expressam e celebram a ancestralidade brasileira em seu mais clássico evento: o carnaval

Com 30 anos de estrada, os pés em Pernambuco e o olhar no mundo, Eddie acaba de divulgar o lado A de seu mais novo disco. Intitulado “Atiça”, o trabalho traz à tona a saída de um momento atordoado para a chegada do tão querido Carnaval: a maior expressão da ancestralidade brasileira. 

Este é o oitavo álbum de estúdio lançado pelo banda. Composto por cinco faixas, o registro é frevo do começo ao fim, inspirando-se, também, no  punk rock dos anos 1980, dance music dos anos 1990 e sons carnavalescos da última década. Entre os temas que embalam esse álbum, um retrato da parte mais instável do mundo, as dores, anseios e os sentimentos mais humanos nas sociedades atuais sul americanas. “Pensamos na necessidade de ter trabalho novo na rua, de alimentar de música nossos ouvintes e se ocupar com nosso trabalho principal que é a composição. Nossa inspiração é a vontade de produzir e tocar e de ampliar nossa obra”, afirma Fábio Trummer, vocalista da banda.

Abrindo os caminhos, “Amassando Amassa” fala sobre a volta do proletariado e o trabalho como única forma de existência. Em “Apocalíptico”, grupo evidencia a invasão da religião e da interferência da justiça como salvadora dos interesses pessoais. Na sequência, a faixa título “Atiça” foi pensada a partir do desenho feito por uma criança, da Favela da Maré, sobre os tiros dados dos helicópteros em confrontos policiais no Rio de Janeiro. Nessa, fica o sentimento de impotência diante da incompetência dos Estados. Logo depois, “Aurora Dos Novos Tempos” traz promessas e esperança, convidando todos para resgatarem seus corpos, mentes e almas. Fechando o repertório, “Na Veia” canta uma versão da música do Cordel do Fogo Encantado.  

Comandando a festa, em seu mais alto poder de ato revolucionário, a coleção terá, em breve, um lado B lançado.