Especialista afirma que sim, mas é importante a orientação de um profissional 

Além dos benefícios já conhecidos de uma atividade física, o Pilates ajuda no desenvolvimento da consciência corporal, concentração e controle do movimento. Associado à respiração, propicia a harmonia do corpo, tornando-o mais equilibrado e forte. Ele é indicado para todos a partir dos seis anos, sendo que cada caso é analisado e adaptado de acordo com o corpo.

Muitos, até mesmo pela praticidade e comodidade, se questionam se é possível praticar Pilates em casa. Sim, é possível. Mas a especialista Paula Cristiane, professora de Fisioterapia do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE), alerta: “A orientação é importante para o paciente ou aluno. Um movimento executado erroneamente pode ser deletério para qualquer tipo de atividade física”.

Existe uma grande variedade de opções no ambiente digital que oferecem conteúdos sobre a prática de Pilates, como vídeos online encontrados em plataformas, aplicativos com passo a passo e aulas virtuais ao vivo. Entretanto, assim como explica a profissional, antes de iniciar qualquer programa de exercícios em casa, é sempre recomendável consultar um profissional de saúde ou um instrutor para garantir que os exercícios sejam apropriados para o seu nível de condicionamento físico e para quaisquer condições médicas específicas que o candidato possa ter. Isso é especialmente importante no caso de modalidades como o pilates, em que é exigida uma boa técnica para evitar lesões.

Uma das técnicas que podem ser feitas em casa, depois da orientação de um profissional, é o Pilates na parede, que nada mais é do que a prática dos exercícios, utilizando a parede como apoio ou referência. Essa opção, assim como o modelo tradicional com aparelhos, pode fornecer resultados positivos quando praticada corretamente, respeitando sempre o alinhamento postural, respiração e controle do movimento para não se lesionar.

“Pode-se executar os exercícios em pé, deitado em tapetinho, tendo como referência a parede, assim como podem ser usados equipamentos, como faixa elástica e tornozeleiras. Um exemplo: a ponte pode ser realizada apoiando os pés na parede e elevando-se o quadril; Ou ainda a elevação de panturrilha em pé e com uma das mãos apoiadas na parede, mantendo os pés mais afastados da parede e realizando a elevação das pontas dos pés (com os calcanhares juntos formando um V)”, explica a professora, sobre o funcionamento da técnica.

De acordo com Paula, há contraindicações pontuais. “Para quem tem lesões recentes, articulares e osteoporose deve ser avaliado e melhor orientado, para que o exercício não piore o quadro clínico”, finaliza.