Com a pandemia por Covid-19, a importância da vacinação se tornou mais evidente no Brasil

A imunização é uma das principais formas de prevenir doenças, por meio dela, o corpo fica protegido de vírus e bactérias que afetam seriamente o ser humano, podendo levar à morte. Por isso, no dia 9 de junho, é celebrado no Brasil o Dia Nacional da Imunização. Nesta semana, o Ministério da Saúde liberou a quarta dose da vacina contra a Covid-19 a todos que tiverem mais de 50 anos e a profissionais de saúde. A dose pode ser aplicada quatro meses depois da última injeção.

Na história recente do país – e também de todo o mundo – nunca a imunização foi tão desejada e valorizada, já que, nos tempos atuais, o mundo atravessa uma pandemia por Covid-19. Agora, o anúncio do Ministério ocorre em meio ao aumento no número de casos registrado já há cerca de um mês em todo o país

De acordo com o biomédico e Presidente do Conselho Regional de Biomedicina da 2ª Região (CRBM2) Dr. Djair Lima, a vacinação é a forma mais eficaz de se proteger contra uma série de doenças e principalmente a Covid-19. ‘‘A vacinação é a melhor maneira de proteger você e a sua família de uma variedade de doenças que podem ser muito graves. Graças a vacinação houve uma queda drástica na incidência de doenças que costumavam matar milhares de pessoas. É importante saber que toda a vacina licenciada passou por uma série de avaliações e a sua segurança é garantida’’, explica.

No Brasil, há um Calendário Nacional de Vacinações, que foi instituído através do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde. O intuito é manter um leque de vacinas anualmente para proteger pessoas de todas as idades. São ofertados gratuitamente mais de 40 diferentes imunobiológicos para a população.

Ainda segundo o biomédico, é necessário seguir o calendário de vacinação para evitar que doenças possam se disseminar. ‘‘Muita gente hoje passa a vida sem conhecer alguém que teve difteria, tétano ou poliomielite. Se hoje você consegue se prevenir de doenças como Covid-19, gripe, febre amarela, sarampo e rubéola é graças às vacinas. Mas para que essa proteção seja eficaz é preciso seguir o calendário de vacinação, pois quanto mais pessoas vacinadas, menor o risco da doença se disseminar’’, alerta.

Baixo índice de cobertura vacinal

De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunização, o Brasil tem registrado índices insatisfatórios de cobertura vacinal para algumas enfermidades, como a poliomielite. Dados da entidade apontam que, antes mesmo do Covid-19, a cobertura vacinal para a poliomielite estava em 80%, sendo que o ideal é 95%. O Dr. Djair Lima alerta sobre a importância de manter a carteira de vacinação em dia.

‘‘Periodicamente os estados e municípios promovem campanhas específicas, focando grupos mais vulneráveis. Quando há campanhas, tem vacinação até em estação do metrô. É importante manter sempre a carteira de vacinação em dia, pois muitas das doenças preveníveis são gravíssimas e podem deixar sequelas para o resto da vida. Não vale a pena correr o risco’’, finaliza.